O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, anunciou ontem que a remoção de pessoas e residências situadas em áreas de "altíssimo risco" receberá investimento de R$ 1 bilhão. "As casas de risco iminente serão removidas compulsoriamente", afirma.

As ações integram o Plano Diretor de Ocupação que o estado vai disponibilizar para os municípios. Cabral anunciou ainda que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, assinará a liberação de R$ 5,3 bilhões de recursos do Plano de Ajuste Fiscal. Parte da verba será destinada às remoções.

Já na capital, a Fundação Geo Rio, da Secretaria Municipal de Obras, começa nesta semana a fazer o mapeamento completo das áreas de risco geológico, especialmente nas encostas. "A previsão é de que o trabalho seja concluído em seis meses", informou o prefeito Eduardo Paes. Segundo ele, mais de quatro mil famílias que vivem em áreas de risco serão reassentadas imediatamente.

Cerca de 250 casas do Morro do Urubu começam a ser demolidas a partir de hoje e os antigos moradores vão receber um aluguel social de R$ 400,00 até que sejam definitivamente reassentados em unidades do programa Minha Casa, Minha Vida que estão sendo concluídas no bairro de Realengo, na zona Oeste. Além do Morro do Urubu, também serão removidos moradores de outras sete comunidades. Ontem, moradores do Morro do Prazeres, no Centro, formam fila para assinar um auto de interdição de suas casas após deslizamentos de terra causados pelas chuvas.

O governo federal liberou cerca de R$ 90 milhões para o combate às enchentes e prevê a construção dunidades habitacionais em parceria com os governos locais. De acordo com um balanço da Defesa Civil, o número de mortos no estado se aproxima de 230 desde o início da semana.