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Propostas frustram, e OAS faz 2ª rodada para tentar vender Invepar

Em primeira tentativa, empreiteira recebeu ao menos 5 propostas, a maioria abaixo de R$ 1,5 bi

Folha de São Paulo

12/03/2015 08h31


Para contornar crise, grupo quer levantar no mínimo R$ 2 bi com a empresa, que tem a concessão de Guarulhos.

O grupo OAS tentará pela segunda vez vender sua fatia na Invepar, concessionária do Aeroporto de Guarulhos e sua maior aposta para aliviar a crise financeira em que afundou ao ser envolvida na Operação Lava Jato.

Na primeira tentativa, a OAS recebeu pelo menos cinco propostas, a maioria abaixo de R$ 1,5 bilhão, segundo a Folha apurou. As ofertas ficaram muito distantes dos R$ 2,5 bilhões a R$ 2,8 bilhões que a companhia quer.

Entre os candidatos que participaram da primeira rodada, estão o fundo de pensão canadense CPBI, a francesa Vinci e os fu

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Para contornar crise, grupo quer levantar no mínimo R$ 2 bi com a empresa, que tem a concessão de Guarulhos.

O grupo OAS tentará pela segunda vez vender sua fatia na Invepar, concessionária do Aeroporto de Guarulhos e sua maior aposta para aliviar a crise financeira em que afundou ao ser envolvida na Operação Lava Jato.

Na primeira tentativa, a OAS recebeu pelo menos cinco propostas, a maioria abaixo de R$ 1,5 bilhão, segundo a Folha apurou. As ofertas ficaram muito distantes dos R$ 2,5 bilhões a R$ 2,8 bilhões que a companhia quer.

Entre os candidatos que participaram da primeira rodada, estão o fundo de pensão canadense CPBI, a francesa Vinci e os fundos de investimento Advent e GP.

Profissionais que participam do processo afirmam que a empresa recusou todas as propostas abaixo de R$ 2 bilhões e está promovendo uma segunda rodada de conversas com quem ficou acima desse patamar.

As propostas foram baixas porque os interessados sabem que a OAS está com a corda no pescoço. A empreiteira deve R$ 7,9 bilhões, não recebe em dia pelas obras que faz para o governo e para a Petrobras e está sem crédito no mercado.

Para piorar, mesmo quem já fez proposta tem dúvidas sobre a conveniência de fechar o negócio agora. Até preferem que a empresa do baiano Cesar Mata Pires entre em recuperação judicial.

Se a venda for aprovada pelo juiz dentro desse tipo de processo, fica protegida pela legislação em vigor.

Hoje, qualquer credor pode pedir a falência da OAS e embargar a operação.

A empreiteira tem 25% da Invepar. O restante está dividido em partes iguais entre os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras).

PREVI NA DEFENSIVA

Nas últimas semanas, a Previ consultou bancos de investimento para assessorá-la no processo. Por contrato, antes de fazer qualquer negócio a OAS precisa oferecer sua participação em condições iguais aos demais sócios, que têm preferência na compra.

A Previ não tem interesse em aumentar sua participação na Invepar. Sua preocupação é defensiva. Caso a fatia da OAS ameace cair nas mãos de um candidato que contraria seus interesses, o fundo quer estar preparado para exercer seu direito de preferência. Procurada, a Previ não quis se manifestar.

Antes de iniciar a venda de sua fatia na Invepar, a OAS tentou repassar o negócio para os bancos credores.

A ideia seria entregar sua participação em troca do abatimento da dívida, mais algum dinheiro.

Segundo a Folha apurou, a empreiteira negociou com o Bradesco, mas as conversas não prosperam. A OAS deve R$ 900 milhões ao banco. O Bradesco não quis comentar.

Se não conseguir fechar a venda da Invepar, a empreiteira vai oferecer sua participação na empresa como garantia de um empréstimo de cerca de R$ 500 milhões que tenta levantar no mercado.

ENTENDA A CRISE DA EMPREITEIRA

1 Sob suspeita

OAS é relacionada entre as empresas suspeitas pela Operação Lava Jato, que investiga um esquema de propinas na Petrobras em investigação de corrupção

2 Sem crédito

Após a deflagração da Operação Lava Jato, os bancos passam a restringir a concessão de empréstimos para as empreiteiras

3 Sem receitas

Petrobras, afetada pelas investigações, e governo, com deficit nas contas públicas, passam a atrasar pagamentos pelas obras

4 Sem pagamentos

Com dívidas de R$ 7,9 bilhões, OAS deixa de pagar juros de aproximadamente US$ 16 milhões com vencimento no começo do ano e tem sua nota de crédito rebaixada pelas agências Fitch e S&P. Nos EUA, empresa de investimento entra com ação na Justiça, sob suspeita de que ela está escondendo ativos dos credores

5 Reestruturação

Companhia informa que vai procurar os credores para reestruturar dívida. Ao mesmo tempo, tenta levantar R$ 500 milhões para ganhar fôlego enquanto procura compradores para a Invepar

6 Cortes

Para levantar recursos, empresa corta custos, demite funcionários e tenta vender ativos

RAIO-X OAS S.A.

Faturamento

R$ 9,2 bilhões (primeiro semestre de 2014)

Dívida total

R$ 7,9 bilhões (terceiro trimestre de 2014)

Ativos

R$ 14,2 bilhões (primeiro semestre de 2014)

Subsidiárias

Construtora OAS e OAS Investimentos.

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