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Profissionalização é maior desafio do setor da construção civil

Panorama da Construção Civil Obramax 2023 lança raio x completo do setor para o ano, analisando as possibilidades de crescimento

Assessoria de Imprensa

19/04/2023 13h49 | Atualizada em 19/04/2023 13h50


Apesar da participação da construção civil no PIB brasileiro ter caído pela metade na última década, as perspectivas para o setor são promissoras em 2023.

Segundo estudo da Prospecta Analytica, a previsão é de um crescimento de 4,5%. No entanto, o setor ainda é marcado pela informalidade 一 é o que diz o estudo Panorama da Construção Civil, realizado pela Obramax.

De acordo com a pesquisa anual da varejista de construção, o pedreiro brasileiro é um homem de 44 com ensino médio completo e que trabalha 4

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Apesar da participação da construção civil no PIB brasileiro ter caído pela metade na última década, as perspectivas para o setor são promissoras em 2023.

Segundo estudo da Prospecta Analytica, a previsão é de um crescimento de 4,5%. No entanto, o setor ainda é marcado pela informalidade 一 é o que diz o estudo Panorama da Construção Civil, realizado pela Obramax.

De acordo com a pesquisa anual da varejista de construção, o pedreiro brasileiro é um homem de 44 com ensino médio completo e que trabalha 44 horas semanais – perfil de 49,1% dos profissionais da área. Além disso, 68% destes profissionais trabalham na informalidade.

Houve uma desaceleração nos custos de construção no último ano, o que foi constatado pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) e o Sinapi, os dois principais índices do setor.

Enquanto o primeiro teve alta de 9,84%, o segundo cresceu 10,45%. Ambos apontam para uma tendência: a mão de obra é o principal motivo deste aumento.

“Este aumento se deu por causa dos acordos coletivos que aconteceram no primeiro semestre do ano passado. Naquela época, tínhamos uma inflação de dois dígitos e isso refletiu no contexto de pressão da mão de obra”, explica a Coordenadora de Projetos de Construção da FGV-Ibre Ana Maria Castelo.

Mão de obra – Já o gerente do Sinapi Augusto Oliveira explica que a mão de obra representa entre 35% e 40% do custo das obras e, quando há variações salariais em todas categorias, o impacto é maior – principalmente em um setor aquecido que atingiu o nível pré-pandemia. “As 14 maiores variações mensais do Sinapi aconteceram nos últimos três anos”, conta.

Se no ano passado os materiais de construção eram os principais responsáveis pela alta dos custos, neste ano a situação tende a ser diferente.

“Há a mudança que as commodities metálicas pressionaram preços e reverteram o contexto de desaceleração da economia mundial”, conta Castelo. Ela ainda aponta que os custos de energia e commodities fora impactada pela guerra entre Rússia e Ucrânia no ano passado.

Profissionalização – Não é só o custo da mão de obra que é desafia o setor, mas também a profissionalização. Segundo pesquisa da a Câmara Brasileira da Construção Civil, 90% das empreiteiras estão relatam dificuldades para a contratação de profissionais qualificados.

Pedreiros são os mais escassos, com 82% das empresas tendo dificuldades na contratação. Outras especialidades com dificuldade para a contratação são carpinteiros, mestres de obras e encarregados de obra – com 79%, 75% e 70% das empreiteiras, respectivamente, tendo este gargalo.

Entre os que não atuam com carteira assinada, o MEI (Microempreendedor Individual) é o principal modelo de contratação adotado.

Segundo estudo da Obramax, 40% dos pedreiros autônomos não trabalham com contrato por empreitada. Em pesquisa feita com profissionais do mercado e lançada em 2022, a varejista constatou que 20% deles sequer conhecem a possibilidade.

Também há outro modelo de contratação: o concurso público. No entanto, esta escolha é a que menos remunera. Segundo levantamento do Salário.com, a média salarial dos profissionais concursados é de R$ 1.693,10 一 15% abaixo do setor privado. Por isso, é uma opção que chama atenção pela estabilidade.

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