O prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) afirmou ontem à noite, por telefone, que obteve dos ministros da Cidades, Márcio Fortes, e das Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha, o compromisso de liberação, neste ano, de mais R$ 7 milhões para o término da primeira alça do viaduto inacabado, instalados sobre os trilhos da ferrovia na região central.

No mês passado, o prefeito assinou contrato de repasse da verba de R$ 3 milhões para a retomada das obras da alça que ligará a Vila Falcão ao Jardim Bela Vista. Segundo o prefeito, técnicos da administração levantaram que serão necessários no total R$ 10 milhões para a conclusão desta etapa, que está paralisada deste 1996.

A verba de R$ 3 milhões, repassada através da Caixa Econômica Federal (CEF), foi obtida através de emenda da bancada paulista na Câmara Federal, articulada pelo deputado federal Milton Monti (PR), com recursos do orçamento geral da União de 2009, e apoio de deputados como Arnaldo Jardim (PPS) e Paulo Maluf (PP).

“Eu consegui agenda com o ministro Márcio Fortes e com o Alexandre Padilha das Relações Institucionais, expliquei que não adianta retomar a obra e ter de parar de novo. Eles compreenderam isso, a prioridade da demanda e o fim de uma espera de mais de 13 anos pela conclusão dessa importante ligação viária. Os ministros assumiram o compromisso de garantir os R$ 7 milhões que faltam para a conclusão da alça no orçamento da União deste ano”, contou Agostinho.

O prefeito disse que estava preocupado com a retomada das obras. “O compromisso pelo restante da verba tira uma situação de indefinição. Eu estava com medo de ter de parar depois a obra por falta dos R$ 7 milhões. Agora é possível chamar a construtora Camargo Correa para discutir a conclusão e encaminhar isso o mais rápido possível”, mencionou.

A prefeitura tem de convencer a empreiteira a não criar obstáculos para a conclusão da primeira alça, já que existem pendências judiciais a respeito do contrato. Segundo Agostinho, a alternativa orçamentária é a prefeitura conseguir incluir a segunda alça do viaduto no PAC 2, que será anunciado pelo governo federal em breve. “A nova fase do PAC terá recursos para mobilidade e é o caminho para incluir o valor necessário à segunda alça”, mencionou.

A conclusão de uma das alças irá desafogar o fluxo de veículos na região central da cidade, principalmente nas avenidas Rodrigues Alves e Pedro de Toledo. A construção do viaduto foi iniciada em 1995, com as obras interrompidas em 1997.

A obra ainda tem como pendência a ação popular que tramita no Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo, onde se discute erro de cálculo na federalização da dívida do viaduto em favor da prefeitura. DE outro lado, a Camargo Correa cobra o equivalente a R$ 10 milhões por diferença de medição e atrasos em pagamentos do início do contrato (segunda alça – governo Izzo Filho). As ações estão em segunda instância.