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PIB da construção deve recuar 5,5% este ano

Palavra de ordem para o mercado em 2015 é contenção de custos e estabilização dos caixas. Diminuir os estoques e rever ativos vira opção também das pequenas e médias empreiteiras

DCI

02/04/2015 08h53


O cenário não tão otimista da economia tem levado construtoras de todos os portes a reverem investimentos. Segundo o Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), a perspectiva é que o PIB do setor caia 5,5% no ano, pressionado pela redução de postos de trabalho e temor dos empresários com o futuro.

De acordo com o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto, a revisão da estimativa do PIB do País, que deve recuar 1% este ano, sinaliza o momento de cautela dos empresários da construção. "A queda tem atingido todos os segmentos e até o final do ano a expectativa é de corte de mais 300 mil postos de trabalho", disse ele.

A opinião do líder da entidade

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O cenário não tão otimista da economia tem levado construtoras de todos os portes a reverem investimentos. Segundo o Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), a perspectiva é que o PIB do setor caia 5,5% no ano, pressionado pela redução de postos de trabalho e temor dos empresários com o futuro.

De acordo com o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto, a revisão da estimativa do PIB do País, que deve recuar 1% este ano, sinaliza o momento de cautela dos empresários da construção. "A queda tem atingido todos os segmentos e até o final do ano a expectativa é de corte de mais 300 mil postos de trabalho", disse ele.

A opinião do líder da entidade vem em linha com as projeções de empresários brasileiros. Entre as pequenas e médias empresas, o objetivo este ano será diminuir a velocidade de novos negócios, com aposta em venda de terrenos. "É hora de rever os gastos. Uma boa saída para pequenas e médias diminuírem o ritmo de construção e retomar o caixa para 2016 é vender terrenos que ainda não foram construídos, porque o preço ainda está bom", disse o professor de engenharia civil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Leônidas Reinaldo Sacco.

A posição defendida pelo acadêmico vem em linha com a perspectiva da construtora carioca Lexys, que pretende vender dois terrenos na região central do Rio de Janeiro ainda este ano. "Esperávamos o avanço do metrô na cidade para começar as obras. Com a retração da economia e a previsão do governador de atrasar as obras de mobilidade, resolvemos nos desfazer de alguns ativos", disse o diretor comercial da Lexys, Raphael Lisboa.

A empresa pretendia lançar os empreendimentos em 2018, com início da construção ainda este ano, decisão que foi adiada por fatores externos. "Entendemos o processo que acontece no País como um remédio ruim. Tem um gosto amargo no começo, mas servirá para melhorar a saúde financeira brasileira no médio prazo", explicou ele.

A empresa projeta lançar dois empreendimentos este ano, em linha com 2014. "Se mantivermos nosso Valor Geral de Vendas [VGV] em 175 milhões, estaremos lidando bem com a economia", disse.

Grandes empresas

Entre as companhias maiores, a palavra de ordem também é diminuir o estoque este ano, para entrar mais capitalizada em 2016. As empresas listadas na Bolsa de Valores, Gafisa, PDG, Even, Cyrela e MRV somaram juntas R$ 21,6 bilhões em estoque em 2014, valor considerado alto por Sacco.

"A conta é alta, e não seria um problema se a economia estivesse indo bem. O problema é que a dificuldade do crédito, a perspectiva de redução nos preços e demanda, fez com que elas mudassem os planos este ano, com foco maior na velocidade de vendas", explicou o acadêmico.

O preço médio do metro quadrado dos imóveis anunciados em 20 cidades brasileiras subiu 0,17% em fevereiro em relação a janeiro, resultado abaixo da inflação pelo segundo mês consecutivo, de acordo com o índice FipeZap Ampliado divulgado no início deste mês pelo ZAP Imóveis.

No começo do mês, a Cyrela mandou nota ao mercado informando que o objetivo da empresa é manter a liquidez do negócio este ano.

"O sucesso na venda de estoque deve trazer um novo ano de geração de caixa, que trará a liquidez necessária para enfrentarmos momentos de turbulência e eventualmente distribuir os recursos para os acionistas", dizia a nota.

Na mesma linha de pensamento, a Gafisa afirmou que manterá postura mais conservadora, para conseguir equilibrar a inserção de novos produtos no mercado, priorizando também maior liquidez na operação e ter um "bom nível de rentabilidade". Já a Even informou ao mercado que os lançamentos de 2015 estarão concentrados a partir de julho, e que sua equipe está focada na venda de estoque até lá.

 

 

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