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30/11/2009 16h04 | Atualizada em 30/11/2009 18h48
A empresa já percorreu China e Coreia em busca de fornecedores que possam oferecer produtos em larga escala e custos menores. O próximo passo será dado na Argentina, conforme apurou o iG. “Se pudermos, daremos preferência ao Mercosul, [desde que seja] com preço competitivo”, afirma Paulo Sergio Alonso, gerente de Engenharia de Materiais da Petrobras. “Nossa percepção é que a Argentina possui uma cadeia produtiva importante.”
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...A empresa já percorreu China e Coreia em busca de fornecedores que possam oferecer produtos em larga escala e custos menores. O próximo passo será dado na Argentina, conforme apurou o iG. “Se pudermos, daremos preferência ao Mercosul, [desde que seja] com preço competitivo”, afirma Paulo Sergio Alonso, gerente de Engenharia de Materiais da Petrobras. “Nossa percepção é que a Argentina possui uma cadeia produtiva importante.”
Alonso diz que a Petrobras traçou estratégias diferentes para deixar no País o maior percentual possível dos seus investimentos. Serão US$ 174 bilhões nos próximos cinco anos. A Petrobras pode se tornar sócia de fornecedores em segmentos considerados importantes, como fabricantes de tubos e linhas flexíveis (a empresa é a maior consumidora mundial desse último).
“Temos uma estratégia específica para cada tipo de dificuldade ou importância do produto”, diz Alonso. Entre os itens que encontra com facilidade no mercado brasileiro e os que não têm como encomendar no País (que serão importados), a Petrobras mapeou os bens e serviços que poderão ser feitos localmente, mas com esforços de fornecedores e da própria estatal.
Entre equipamentos críticos, mas com alguma possibilidade de serem produzidos no País, a Petrobras cita: guindastes para navios, caldeiras com revestimentos especiais, válvulas de grande porte, reatores e geradores. Já os produtos “sem atratividade para viabilizar a produção”, como define Alonso, são: compressores, motores a gás e a diesel e turbinas a gás. A Petrobras tem tido dificuldade em encontrar também empresas fornecedoras com serviços de engenharia, segundo ele.
O projeto de lei que trata da partilha, encaminhado ao Congresso Nacional, estabelece que a exploração das reservas do pré-sal terá de acompanhar o ritmo da indústria local. Hoje, 73% da compra de produtos e serviços do setor de petróleo e gás são produzidos no Brasil. “A indústria nacional deve morder uma fatia maior, mas a importação também vai crescer, proporcionalmente”, diz.
Segundo Alonso, a indústria de bens de capital e fornecedores de material elétrico e eletrônico serão os mais favorecidos com as encomendas do pré-sal. Fabricantes de máquinas e equipamentos terão cerca de 60% de participação nas compras da estatal.
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) calcula que para cada bilhão de reais investidos no Brasil na compra de equipamentos elétricos e de automação, são criados 1,6 mil empregos. O pré-sal é visto como oportunidade para reduzir o grande déficit do setor. “Mas é preciso tirar do papel o discurso e comprar aqui”, afirma Nelson Ninin, diretor-executivo da Abinee. O setor deve amargar um déficit da ordem de R$ 20 bilhões neste ano.
A Petrobras planeja encomendar em série sondas de perfuração e plataformas para o pré-sal, para reduzir custos de produção. Com a crescente demanda por equipamentos e serviços, cinco estaleiros devem surgir no mercado, além dos 28 já existentes no Brasil, conforme noticiou o iG nesta semana.
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