Mercado
Valor Econômico
15/05/2013 12h28
A companhia, que atualmente explora gás na Bacia do São Francisco e é sócia da OGX e MPX no Maranhão, investiu cerca de US$ 50 milhões adquirindo 28 blocos sendo nove nas bacias do Parnaíba, 15 na Tucano Sul e quatro na Pernambuco-Paraíba, esses últimos no mar. A companhia levou sozinha 24 blocos em terra e 70% de quatro blocos no mar, sendo dois com a QGEP e dois com a canadense Niko Resources. Um executivo da companhia explicou que a estratégia repete a de anos anteriores, quando a Petra não chamava tanto a atenção.
"Esta Rodada apenas retomou o que sempre fizemos, como na 9ª Rodada, quando ganhamos 70% dos blocos no Parnaíba. Agora estamos ainda mais confiantes no Parnaíba. Nosso time de geólogos também confia muito no Tucano
...A companhia, que atualmente explora gás na Bacia do São Francisco e é sócia da OGX e MPX no Maranhão, investiu cerca de US$ 50 milhões adquirindo 28 blocos sendo nove nas bacias do Parnaíba, 15 na Tucano Sul e quatro na Pernambuco-Paraíba, esses últimos no mar. A companhia levou sozinha 24 blocos em terra e 70% de quatro blocos no mar, sendo dois com a QGEP e dois com a canadense Niko Resources. Um executivo da companhia explicou que a estratégia repete a de anos anteriores, quando a Petra não chamava tanto a atenção.
"Esta Rodada apenas retomou o que sempre fizemos, como na 9ª Rodada, quando ganhamos 70% dos blocos no Parnaíba. Agora estamos ainda mais confiantes no Parnaíba. Nosso time de geólogos também confia muito no Tucano Sul. O caso de Pernambuco-Paraíba, no offshore, foi muito originado pelo Lino Teixeira, geólogo-geofísico da Petra com grande conhecimento nessa bacia e que acredita ter sido o melhor ativo ofertado nesta rodada. Acabou saindo pelo valor mínimo. Ou seja, tivemos sim uma estratégia clara e consistente com nossa história", disse ao Valor um executivo, com o compromisso de não ter seu nome revelado.
A Petra era a proprietária original dos blocos que hoje são operados pela HRT e OGX. Foi a Petra quem cedeu espaço nas áreas que tinha no Solimões para a HRT, e posteriormente vendeu os 45% que tinha para a TNK-BP (hoje da Rosneft). Também era dono dos blocos na bacia do Paranaíba, no Maranhão, onde a OGX (de quem ainda é sócia) produz gás e gera energia. Apesar de ter comprado grandes áreas sozinha, a Petra não descarta parcerias, inclusive tecnológica e financeira.
Outra estreante a Ouro Preto, de Rodolfo Landim, arrematou dois blocos em terra da Bacia do Parnaíba (que abrange Piauí, Maranhão e Tocantis); e um bloco em águas rasas de Bacia de Barreirinhas, pelos quais pagou R$ 14,8 milhões. A companhia pertence ao empresário Rodolfo Landim, que protagonizou uma disputa judicial com o bilionário Eike Batista após ter sido seu braço direito no grupo EBX, tendo auxiliado Eike a estruturar a petroleira do grupo, a OGX e a OSX.
"Demos uma olhada geral nos blocos e concluímos que essas eram as melhores perspectivas dentro do nosso planejamento", disse Dirceu Abrahão, ex-executivo da Petrobras, e atual diretor de Novos Negócios da companhia novata. Ele destacou que, classificada como operadora B, a empresa está restrita pelas regras às áreas em terra, e em águas rasas no mar. A Ouro Preto tem capital inicial de R$ 80 milhões de investidores nacionais, entre eles o empresário Julio Bozano.
O fato de a nova empresa ter arrematado dois blocos na mesma área, Parnaíba, na qual a OGX já é produtora, não tem nenhuma relação com o passado dos executivos da nova empresa, segundo assegurou Sergio Possato, diretor-geral da Ouro Preto. Ele afirmou que a opção foi pelo fato de a Bacia do Parnaíba ser promissora em gás, um hidrocarboneto cuja produção está sendo incentivada pelo governo.
Possato disse ainda que a empresa foi estruturada pensando na 11ª licitação da ANP, não tendo interesse em investir em outras áreas já licitadas.
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