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Oportunidades, apesar da crise econômica

Áreas, como engenharia e finanças, oferecem chances de movimentação, mas empresas devem ficar ainda mais exigentes na contratação.

O Estado de S. Paulo

07/01/2016 14h03 | Atualizada em 07/01/2016 16h21


Mesmo sem acreditar em grandes mudanças nos cenário econômico, que tem influência direta no mercado de trabalho, empresas recrutadoras e consultores de carreiras enxergam algumas oportunidades agora neste ano.

Dados do Guia Salarial 2016 da Robert Half, empresa de recrutamento de executivos, mostram que haverá possibilidades para profissionais trocarem de empregos neste ano, desde que apresentem um perfil inovador, capaz de obter resultados em situações adversas – o que faz com que sejam ainda mais valorizados.

“Para 2016, a tendência é de que as empresas sigam os ajustes e sejam cada vez mais exigentes nas contratações”, afirma o diretor de operações da Rober

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Mesmo sem acreditar em grandes mudanças nos cenário econômico, que tem influência direta no mercado de trabalho, empresas recrutadoras e consultores de carreiras enxergam algumas oportunidades agora neste ano.

Dados do Guia Salarial 2016 da Robert Half, empresa de recrutamento de executivos, mostram que haverá possibilidades para profissionais trocarem de empregos neste ano, desde que apresentem um perfil inovador, capaz de obter resultados em situações adversas – o que faz com que sejam ainda mais valorizados.

“Para 2016, a tendência é de que as empresas sigam os ajustes e sejam cada vez mais exigentes nas contratações”, afirma o diretor de operações da Robert Half no Brasil, Fernando Mantovani. De acordo com ele, não haverá um movimento significativo de posições, ou seja, de oferta de vagas. E, embora exista espaço para aumentos em algumas carreiras, os salários em geral tendem a ficar estáticos.

Engenharia. Mas segundo o estudo, a área de engenharia terá oportunidades nos setores de bens de consumo, agronegócio, energia, telecomunicações e infraestrutura. O perfil valorizado é do profissional com inglês fluente, boa comunicação, habilidade de relacionamento com outras áreas, certificações.

A pesquisa mostra ainda que o cargo de engenheiro de aplicação e vendas em empresas de grande porte tem previsão de aumento salarial de 13,3% em 2016 com variação salarial entre R$ 7,5 mil e R$ 18 mil.

Para os profissionais de finanças e contabilidade, a pesquisa aponta oportunidades nas áreas de serviços, tecnologia, varejo (luxo) e comércio exterior. Segundo o estudo, a maior valorização salarial de 2015 para 2016 será para o cargo de analista contábil/ fiscal pleno em empresas de pequeno e médio porte: previsão de alta de 11% e remuneração variando entre R$ 3,5 mil e R$ 5,5 mil.

De acordo com o diretor da Robert Half, independentemente do cenário econômico, haverá oportunidades para bons profissionais realizarem movimentações de carreira.

Para sócio-fundador da Alliance Coaching, Sílvio Celestino, 2016 será um ano dedicado ao autodesenvolvimento. “Olhe para o lado para entender os processos, conhecer o que acontece nas outras áreas. Não se fechar e fazer networking.”

Celestino acredita que as possibilidades surgirão desses contatos e da troca de informações. “Não deixe para fazer o networking quando for demitido.” Para ele, neste ano, o profissional precisará se reinventar, fazer mais e diferente.

O diretor de Educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Brasil), Luiz Edmundo Rosa, ressalta que a crise ocorre de forma desigual. “Em alta estarão os setores de agronegócio e de tecnologia, que oferecem soluções para baratear processos, também as áreas de saúde e a indústria farmacêutica”, afirma.

De acordo com Rosa, alguns setores devem ganhar espaço, como vendas, finanças, processos, custos, RH e ainda as áreas de supply chain e remuneração.

“Por sua vez, em baixa devem estar os setores de pesquisa e desenvolvimento e engenharia civil. Segmentos que trabalham com visão de médio e longo prazo e aquelas funções burocráticas que podem ser substituídas por tecnologia”, diz Rosa.

Reciclagem. Ele acredita no crescimento das empresas de terceirização e do emprego informal. “É preciso olhar a crise como tempo de mudança e de reciclagem, não ser vítima e se preparar para oportunidades.”

O diretor da ABRH recomenda aproveitar o ano para se tornar um profissional melhor, mostrar iniciativa, propor soluções e dar ideias. “O profissional está sendo provocado a fazer um grande processo de mudança na carreira. Ele deve estar preparado para aproveitar.”

"RH vai buscar trabalhador que tenha um olhar mais generalista"

De acordo com pesquisa da empresa de recrutamento executivo de média e alta gestão Michael Page, diante das incertezas macroeconômicas, as empresas estão dando prioridade a profissionais que possuam larga experiência e que consigam agregar valor e eficiência ao negócio.

“O executivo que entender este momento e se colocar à disposição para absorver nova função, ou dar apoio em mais de uma área, pode se destacar facilmente dentro da companhia”, afirma o diretor da Michael Page, Henrique Bessa.

Para o diretor das divisões finanças e tributário, jurídico e RH da Talenses, Alexandre Benedetti, com oportunidades mais escassas no mercado, as empresas devem dar destaque aos profissionais com perfil multitarefa, competências comportamentais, boa formação e domínios de idiomas.

“O profissional deve buscar conhecimento técnico e conceitual e investir na educação para se destacar no mercado”, diz.

Segundo Benedetti, para este ano existem demandas por profissionais nas áreas de big data, RH, remuneração estratégica, cargos e salários, sucessão e retenção, além de startup e de tecnologia que trabalhem com inovação e novas possibilidades de carreiras.

“O RH vai buscar profissionais com olhar mais generalista, foco em resultados e que seja mais analítico”, diz Benedetti. Outras áreas que estarão em alta este ano, segundo o diretor da Talenses são as de operação, de engenharia e as posições ligadas aos setores de qualidade, manutenção, supply chain, custos e atendimento ao cliente.

“O profissional este ano deve investir em conhecimento técnico e também na educação para se destacar. Não é somente pela crise, é preciso entregar no dia a dia e estar atento às oportunidades que possam ser interessantes”, acredita.

 

 

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