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Reuters/Brasil Online
12/01/2010 14h44
A Companhia Siderúrgica Nacional reiterou que sua oferta de aquisição da produtora de cimento Cimpor, por 3,86 bilhões de euros, é a proposta que gera mais valor aos acionistas da empresa portuguesa, cujo Conselho de Administração rejeitou a operação.
"A CSN reitera que sua proposta é aquela que traz mais valor para os acionistas e para o desenvolvimento futuro da Cimpor", disse um representante da CSN, em Lisboa. No Brasil, a companhia não comentou se poderá melhorar sua oferta.
As ações da Cimpor, que chegaram a cair 2,6 por cento após a rejeição da oferta pelo Conselho, atenuavam perdas e recuavam 0,63 por cento às 11h50 (horário de Brasília), cotadas a 6,46 euros. Já as ações da CSN negociadas no Brasil subiam 1
A Companhia Siderúrgica Nacional reiterou que sua oferta de aquisição da produtora de cimento Cimpor, por 3,86 bilhões de euros, é a proposta que gera mais valor aos acionistas da empresa portuguesa, cujo Conselho de Administração rejeitou a operação.
"A CSN reitera que sua proposta é aquela que traz mais valor para os acionistas e para o desenvolvimento futuro da Cimpor", disse um representante da CSN, em Lisboa. No Brasil, a companhia não comentou se poderá melhorar sua oferta.
As ações da Cimpor, que chegaram a cair 2,6 por cento após a rejeição da oferta pelo Conselho, atenuavam perdas e recuavam 0,63 por cento às 11h50 (horário de Brasília), cotadas a 6,46 euros. Já as ações da CSN negociadas no Brasil subiam 1,09 por cento, a 56,81 reais.
Para analistas, uma eventual elevação no preço proposto pela CSN ou outro pretendente à Cimpor não são "cartas fora do baralho".
"Continuamos acreditando que o próximo passo será uma elevação da oferta por parte da CSN, enquanto Camargo Corrêa e outros tentarão capturar interesse para sua proposta industrial", afirmou o analista Bruno Silva, do BPI.
Na quinta-feira, o Conselho da Cimpor rejeitou por unanimidade a oferta da CSN e aconselhou os acionistas da empresa a não aceitarem a proposta. Na avaliação dos conselheiros da Cimpor, a oferta "subavalia significativamente a empresa e não está de acordo com o melhor interesse dos seus acionistas".
O preço das ações da Cimpor está num patamar bem acima dos 5,75 euros oferecidos pela CSN, que segundo a empresa de Portugal implica em um prêmio de 5,9 por cento sobre a cotação média dos últimos três meses. Essa relação é muito inferior a prêmios de 42 e 58 por cento de ofertas hostis na Europa ocorridas entre 2003 e 2008.
"Um eventual aumento do preço é um cenário plausível. Os acionistas estão mais receptivos do que pareceu a resposta em tom radical (do Conselho)", afirmou o analista João Lampreia, do banco Big.
Silva, do BPI, considera que "o preço da ação da Cimpor deverá cair moderadamente, já que é improvável que ocorram desenvolvimentos significativos até a CSN registrar a oferta".
"Só então a CSN avançaria com um aumento da oferta e outros pretendentes tomariam posições", acrescentou.
A analista Rita Carles, do Banif, afirmou que "apesar da recusa oficial da oferta da CSN não trazer nada de novo, a Camargo Corrêa e a Votorantim podem chegar à frente com uma proposta alternativa nos próximos dias".
Apesar de a Camargo Corrêa ter informado o mercado que não está preparando uma contra-oferta à Cimpor, a empresa reconheceu contatos informais com acionistas da cimenteira portuguesa. A empresa brasileira também destacou que não visa o controle da Cimpor.
Procurada, a Votorantim Cimentos afirmou que não comentaria o assunto.
O Conselho da Cimpor considerou a oferta da CSN, anunciada em 18 de dezembro, como "hostil porque é oportunista, irrelevante e perturbadora da atividade da empresa".
A Cimpor está entre as 10 maiores produtoras de cimento do mundo, com uma capacidade de produção de 36 milhões de toneladas anuais.
Apesar de a Cimpor ter uma estrutura acionária fragmentada, os maiores investidores possuem mais de 80 por cento do capital, o que é mais do que suficiente para bloquear a tentativa de aquisição da CSN. A oferta da CSN está condicionada à obtenção de participação ao menos 50 por cento dos acionistas.
O maior acionista da Cimpor é a construtora Teixeira Duarte, com 23 por cento do capital. A francesa Lafarge tem 17,3 por cento; Manuel Fino possui 10,7 por cento; e o Fundo de Pensões do Millennium BCP tem outros 10 por cento. Fazem parte ainda do grupo o estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD), com 9,6 por cento; Bipadosa, com 6,5 por cento; e a Cinveste, com 4,1 por cento.
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