Mercado
Valor Econômico
26/08/2015 12h32 | Atualizada em 26/08/2015 17h06
Ela possui somente contratos de assistência técnica.
A informação foi passada ontem ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, pelo diretor da área de internacional da companhia, Miguel Peres.
O consórcio que lidera vai atender duas cidades no Estado de Veracruz, com contrato de 30 anos e investimento previsto no período de US$ 730 milhões. A operação abriga as cidades de Veracruz, com 600 mil habitantes, e Medellin, com 100 mil. O anúncio oficial deve ser feito hoje.
A brasileira passa a integrar o Grupo Metropolitano de Agua e Saneamiento (Grupo Más), empresa mista composta pela estatal que operava o dois sistemas, com 2%, as
...Ela possui somente contratos de assistência técnica.
A informação foi passada ontem ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, pelo diretor da área de internacional da companhia, Miguel Peres.
O consórcio que lidera vai atender duas cidades no Estado de Veracruz, com contrato de 30 anos e investimento previsto no período de US$ 730 milhões. A operação abriga as cidades de Veracruz, com 600 mil habitantes, e Medellin, com 100 mil. O anúncio oficial deve ser feito hoje.
A brasileira passa a integrar o Grupo Metropolitano de Agua e Saneamiento (Grupo Más), empresa mista composta pela estatal que operava o dois sistemas, com 2%, as duas prefeituras, com 9% cada uma, e uma sociedade com propósito específico, que detém os outros 80%. Dessa sociedade, a Odebrecht detém 80% e os outros 20% são da empresa Aguas de Barcelona (AB). A expectativa do faturamento da concessionária para 2016 é de US$ 20 milhões.
Do total a ser investido, US$ 460 milhões serão destinados a novos equipamentos, como redes e estações de tratamento de água, e o restante na operação, com recuperação de redes e equipamentos já em uso. US$ 270 milhões terão de ser aplicados nos primeiros 10 anos de contrato. Para garantir os recursos, o consórcio busca financiamentos com bancos comerciais locais, no regime de “project finance”. A Odebrecht diz que já negocia financiamentos com os bancos locais. Como a receita da empresa será em pesos, o financiamento será tomado na mesma moeda.
Segundo Peres, 75% do montante será obtido com financiamento de longo prazo, outros 25% será de capital próprio.
O México vem se somar a outros doze estados brasileiros onde a companhia está presente em concessões de serviço de saneamento básico, com atendimento a 16,6 milhões de pessoas. Em alguns casos são contratos de concessão plena, em outros, de serviço de água ou de esgoto.
A operação mexicana é hoje deficitária. De acordo com Peres, o que a empresa responsável pelos serviços de saneamento arrecada não é suficiente nem para quitar a folha de pagamentos. A expectativa é em menos de um ano fazer com que as receitas obtidas paguem os custos básicos operacionais. O ponto de equilíbrio entre receita e despesas e o capital investido, deve ser atingido em 12 anos. “É um projeto de longo prazo”, explicou o diretor. A rentabilidade deve ocorrer, entre outras medidas, com redução drástica nas perdas de água, além de maior eficiência operacional.
Cerca de 55% da água produzida nos municípios é proveniente de poços profundos. E 45% têm como origem o rio Jamapa. A proposta é priorizar a utilização de águas superficiais. Com redução de perdas, da ordem de 60% – nível muito elevado -, diz Peres, é possível não precisar furar novos poços pelos 30 anos da concessão. A água produzida hoje é suficiente para atender a demanda populacional das próximas três décadas, desde que revertido o quadro de perdas. Em onze anos, a meta é alcançar índice de 28%.
Segundo o diretor, a empresa persegue a estratégia de internacionalização há dois anos e os países no foco são México e Peru, onde já há proposta no segmento municipal. “Na linha do que temos no Brasil, de PMIs, oferta não solicitada, o Peru tem uma estrutura”, afirmou, acrescentando que já está com um projeto tramitando no país, aprovado em duas instâncias. Não há, no entanto, uma meta de internacionalização. “Vemos oportunidades em toda a região”
O grupo controlador da empresa, com atuação em 14 áreas de negócios, está envolvido na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que investiga pagamentos de propina em contratos da Petrobras. O presidente, Marcelo Odebrecht, e outros executivos estão presos desde meados de junho. Em função de possíveis dificuldades financeiras para empresas investigadas, houve informações de que a área ambiental do grupo estaria à venda. A empresa nega essa possibilidade.
27 de agosto 2020
02 de julho 2020
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade