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19/02/2010 15h07 | Atualizada em 19/02/2010 17h08
Mais de um mês após o terremoto que devastou o Haiti, o aeroporto de Porto Príncipe será reaberto para voos comerciais nesta sexta-feira (19). Afetado pelo tremor de 12 de janeiro, o terminal de embarque foi reformado pela construtora brasileira Odebrecht. Em entrevista ao R7, Antonio Pinto, um dos diretores da unidade americana da empresa e coordenador das obras, disse que a companhia já analisa oportunidades de negócios na milionária reconstrução do país.
De acordo com Pinto, ainda não há números consolidados, mas a obra que reformou pelo menos 25% do aeroporto da capital haitiana custou entre R$ 927 mil (US$ 500 mil) e R$ 1,82 milhão (US$ 1 milhão). O trabalho foi encomendado pela companhia aérea American Airlines,
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Mais de um mês após o terremoto que devastou o Haiti, o aeroporto de Porto Príncipe será reaberto para voos comerciais nesta sexta-feira (19). Afetado pelo tremor de 12 de janeiro, o terminal de embarque foi reformado pela construtora brasileira Odebrecht. Em entrevista ao R7, Antonio Pinto, um dos diretores da unidade americana da empresa e coordenador das obras, disse que a companhia já analisa oportunidades de negócios na milionária reconstrução do país.
De acordo com Pinto, ainda não há números consolidados, mas a obra que reformou pelo menos 25% do aeroporto da capital haitiana custou entre R$ 927 mil (US$ 500 mil) e R$ 1,82 milhão (US$ 1 milhão). O trabalho foi encomendado pela companhia aérea American Airlines, que já é cliente da Odebrecht nos Estados Unidos.
A reconstrução se concentrou no hangar da empresa, que queria retomar rapidamente seus voos comerciais para o país após o terremoto. O diretor da Odebrecht disse que a conta será repassada às autoridades haitianas:
- Devido à relação que temos, foi feita uma parceria com a American Airlines, que está nos remunerando. A American fez um acordo com o aeroporto, que vai pagar as obras.
Polêmico controle americano
Logo após a tragédia, o aeroporto de Porto Príncipe passou ao controle das autoridades americanas. Como não houve mediação da ONU, a transferência gerou certo desconforto entre os países envolvidos na ajuda humanitária, inclusive no Brasil.
Segundo o diretor da Odebrecht, a relação com os controladores americanos do aeroporto foi de "total cooperação".
Pinto disse que o processo de reconstrução do Haiti (onde a construtora nunca havia atuado) ainda está na fase inicial, mas que a empresa já analisa oportunidades de negócios:
- Nós estamos vendo algumas oportunidades, mas por enquanto as coisas estão cruas. Não se sabe como será o financiamento, quem vai ser o gestor e de onde virá o dinheiro.
O diretor diz não ter informações sobre se há contato da Odebrecht com membros do governo brasileiro, bastante atuante na reconstrução. Até o momento, o Brasil anunciou a doação de R$ 27,3 milhões (US$ 15 milhões) ao Haiti, embora os gastos com a ajuda (incluindo a manutenção das tropas) cheguem a perto de R$ 400 milhões. Na próxima semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai até Porto Príncipe e a expectativa é que mais ajuda seja liberada ao país.
Mesmo assim, Pinto não rejeita a possibilidade de a construtora recorrer ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para buscar financiamento a eventuais negócios no Haiti.
Canteiro de obras
Quatro dias após o terremoto um representante da construtora foi ao Haiti para ver a situação do aeroporto. Pinto chegou dias depois e ficou três semanas no país coordenando as obras. Segundo ele, há muito a ser feito no Haiti:
- Porto Príncipe vai virar um grande canteiro de obras porque eles precisam de tudo. Eles precisam de muito investimento em habitação, já que o que sobrou em pé está em grande parte condenado e terá de ser reconstruído. Até hoje não há energia na capital e as estradas estão muito precárias. Sistema de esgoto não existe e o abastecimento de água também está precário.
Segundo o diretor da multinacional, cerca de 60 pessoas trabalharam nas obras, a maioria haitianos, escalados e treinados na última hora. O maior desafio, de acordo com Pinto, foi com a logística, já que boa parte do material de construção veio dos EUA, de Porto Rico e da vizinha República Dominicana, onde a empresa tem negócios.
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