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O Estado de São Paulo
07/06/2017 15h27 | Atualizada em 08/06/2017 18h23
Iniciadas numa época em que a arrecadação federal batia recordes, um conjunto de obras públicas emblemáticas está perto de ser concluído e algumas poderão ser inauguradas até o fim de 2018. Mesmo com o forte ajuste fiscal imposto nos últimos quatro anos, elas não pararam totalmente.
O governo optou por concentrar recursos nos projetos em fase final. Isso, no entanto, não tem sido suficiente para puxar a atividade econômica, nem para reverter a trajetória de queda dos investimentos no País.
“A crise política não nos afetou em nada”, diz o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Valter Casimiro. Houve, sim, impact
...Iniciadas numa época em que a arrecadação federal batia recordes, um conjunto de obras públicas emblemáticas está perto de ser concluído e algumas poderão ser inauguradas até o fim de 2018. Mesmo com o forte ajuste fiscal imposto nos últimos quatro anos, elas não pararam totalmente.
O governo optou por concentrar recursos nos projetos em fase final. Isso, no entanto, não tem sido suficiente para puxar a atividade econômica, nem para reverter a trajetória de queda dos investimentos no País.
“A crise política não nos afetou em nada”, diz o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Valter Casimiro. Houve, sim, impacto do corte orçamentário que retirou R$ 2,3 bilhões dos R$ 9 bilhões destinados ao órgão. Ao mesmo tempo, a área econômica indicou que reverteria a medida e devolveria R$ 1,6 bilhão ao longo do ano.
Mesmo assim, projetos novos não foram iniciados. Por exemplo, está contratada a elaboração de projeto e construção da segunda ponte de Foz do Iguaçu (PR), mas a obra não sairá do papel este ano. Da carteira sob sua responsabilidade, Casimiro aponta como prioridade a pavimentação da BR-163 no Pará. Atoleiros na rodovia ganharam destaque no noticiário e resultaram em redução de embarque de grãos pelos portos do Norte em 11 milhões de toneladas.
O Dnit quer, até o fim do ano, construir ao menos a base da pavimentação – colocar pedras para permitir o tráfego de caminhões mesmo sob chuva. O asfalto só deve ser concluído em 2018. Por causa do clima na região, só é possível trabalhar na obra por quatro meses no ano.
PAC. Obras que ainda integram o Orçamento federal sob a marca Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como Trecho Sul da Ferrovia Norte-Sul – linha de 682 km ligando Ouro Verde (GO) a Estrela d’Oeste (SP) – que deve ser concluído no fim do ano ou início de 2018. Com o corte no Orçamento, a estatal Valec concentrou recursos nessa obra. Outros projetos da carteira, como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) ficaram em ritmo mais lento.
As polêmicas obras de transposição do São Francisco também estão em fase final. Segundo o Ministério da Integração Nacional, a obra está 94,92% concluída. Ela foi paralisada pela saída da Mendes Júnior, envolvida na Lava Jato. Agora, depende de uma decisão judicial. Do contrário, a previsão era de que seria concluída neste ano. Quando terminada, garantirá água a 12 milhões de pessoas no interior do Nordeste.
Também segue o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). O fato de ser fruto de cooperação internacional o manteve à margem dos cortes orçamentários, pois há compromissos a serem cumpridos.
A previsão é que em um ano seja entregue o Riachuelo, primeiro de quatro submarinos convencionais a serem construídos dentro da cooperação. O programa prevê também um modelo com propulsão nuclear e um centro para construção, operação e manutenção de submarinos. Em nota, o diretor do programa, contra-almirante Flávio Augusto Viana Rocha, informou que o programa vai até 2027 e custará R$ 31,85 bilhões.
Outra vitrine das administrações petistas, o programa Minha Casa, Minha Vida deve entregar 260 mil unidades habitacionais até o fim de 2018. O programa está a cargo do Ministério das Cidades, que também administra obras de saneamento e mobilidade em parceria com Estados e municípios.
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