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Carta Capital
26/03/2013 13h51 | Atualizada em 26/03/2013 17h53
Passa pela criação de vagas, abertura de novas faculdades de qualidade. Mas, também, pela mudança do enfoque da formação do engenheiro.
O Seminário “Formação de Engenheiros no Brasil”, promovido pelo Brasilianas, trouxe informações relevantes sobre o momento.
Todo engenheiro necessita de uma sólida formação em algumas ciências exatas, da matemática à física. Tem que dispor do instrumental matemático necessário para identificar e resolver problemas.
Dada a base, há um movimento de mudar radicalmente a pedagogia do ensino, de maneira a aproximar a formação do engenheiro do mundo real.
Conforme anotou Alessandre Fernandes Moreira, vice-diretor da Escola de Engenharia da UFMG (Universidade Federal de Minas Ger
...Passa pela criação de vagas, abertura de novas faculdades de qualidade. Mas, também, pela mudança do enfoque da formação do engenheiro.
O Seminário “Formação de Engenheiros no Brasil”, promovido pelo Brasilianas, trouxe informações relevantes sobre o momento.
Todo engenheiro necessita de uma sólida formação em algumas ciências exatas, da matemática à física. Tem que dispor do instrumental matemático necessário para identificar e resolver problemas.
Dada a base, há um movimento de mudar radicalmente a pedagogia do ensino, de maneira a aproximar a formação do engenheiro do mundo real.
Conforme anotou Alessandre Fernandes Moreira, vice-diretor da Escola de Engenharia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), há muito poucos estudos pedagógicos sobre o ensino de engenharia. E isso em um mundo exposto a novos valores, exigindo uma multiplicidade de funções do engenheiro, como compromisso com o crescimento econômico, a responsabilidade social, a responsabilidade ambiental, os problemas do cotidiano.
Moreira defende currículos flexíveis e uma grande inserção de cadeiras de Pesquisa e Desenvolvimento, inovação e empreendedorismo, além das parcerias com o mercado de trabalho.
Mas os grandes saltos estão ocorrendo nas chamadas universidades corporativas ligadas a grandes empresas.
É o caso das Universidades Corporativas da Embraer e da Petrobras.
Segundo Mauro Kern, vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer, em 2000 a empresa sentiu dificuldade em aumentar o quadro de engenheiros apenas a partir de contratações, dada a heterogeneidade dos cursos de engenharia.
Criou, então, um programa para formar engenheiros das diversas escolas de engenharia, para que já entrassem jogando.
O programa começou em 2001. De lá para cá, formou 1.200 engenheiros. O curso tem 50 candidatos por vaga, 3 mil candidatos para 60 vagas e é feito em parceria com o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica).
O curso tem três fases. O fundamental, é de cinco meses. A especialização toma mais quatro meses, e é constituído dos cursos de eletrônica, mecânica aeronáutica, estrutura, software e manutenção.
Ao final desse período, cada aluno tem que fazer um projeto de avião, desde a fase de pesquisa de mercado até o projeto de avião, analisando desempenho, aerodinâmica, otimização do peso, arquitetura de sistemas, modelos de manufatura etc. Tudo isso devidamente trabalhado em um plano de negócios.
Essa mesma metodologia é aplicada na Universidade Petrobras, conforme relatou o responsável José Alberto Buchab.
Todo o programa é focado no plano de negócios e nos objetivos da companhia.
Os programas de formação destinam-se aos profissionais que acabaram de entrar na empresa, e levam de 3 a 13 meses para 17 carreiras das 33 de nível superior da empresa.
Depois disso, aplica-se a educação continuada ao longo de toda sua carreira na empresa.
Embraer e Petrobras concordam em um ponto relevante: a qualidade dos alunos de engenharia de hoje é infinitamente maior do que a das últimas décadas.
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