Mercado
O Estado de São Paulo
27/10/2016 00h00
Depois de cortar em 44,2% os desembolsos em valores corrigidos pela inflação, de R$ 243,7 bilhões (4,33% do PIB) em 2010 para R$ 135,9 bilhões (2,30% do PIB) em 2015, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continuou reduzindo as liberações de crédito neste ano, segundo o Boletim de Desempenho de setembro da instituição. A projeção de queda para 2016 se explica porque dezembro de 2015 foi atípico, com desembolsos de R$ 19,1 bilhões (14% do total do ano).
O Boletim foi renovado e passou a incorporar tabelas relativas aos empréstimos da instituição nos últimos 20 anos, permitindo analisar a política de crédito do banco nos governos FHC, Lula e Dilma.
Hoje, embora o BNDES ofereça crédito de longo prazo
...Depois de cortar em 44,2% os desembolsos em valores corrigidos pela inflação, de R$ 243,7 bilhões (4,33% do PIB) em 2010 para R$ 135,9 bilhões (2,30% do PIB) em 2015, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continuou reduzindo as liberações de crédito neste ano, segundo o Boletim de Desempenho de setembro da instituição. A projeção de queda para 2016 se explica porque dezembro de 2015 foi atípico, com desembolsos de R$ 19,1 bilhões (14% do total do ano).
O Boletim foi renovado e passou a incorporar tabelas relativas aos empréstimos da instituição nos últimos 20 anos, permitindo analisar a política de crédito do banco nos governos FHC, Lula e Dilma.
Hoje, embora o BNDES ofereça crédito de longo prazo para investimentos com taxas inferiores às de mercado, falta demanda por parte das empresas.
Os desembolsos limitaram-se a R$ 6,7 bilhões em setembro, queda de R$ 2,7 bilhões em valores correntes em relação a setembro de 2015, e a R$ 10,37 bilhões nos últimos 12 meses, 32% menos do que nos 12 meses anteriores. A principal explicação é o ambiente econômico recessivo que ameaça a rentabilidade dos investimentos.
Além disso, a taxa básica de juros do BNDES (TJLP), de 7,5% ao ano, é próxima da inflação esperada para o ano e o banco vem reduzindo as facilidades que oferecia aos tomadores, liberando porcentuais menores dos projetos de investimento. Tende a ficar no passado a concentração de crédito em clientes favorecidos.
A maior parte dos recursos continua sendo destinada a grandes empresas, que receberam neste ano R$ 39,4 bilhões (63,3% do total), enquanto as micro, pequenas e médias empresas obtiveram R$ 19,6 bilhões (31,6%). Seria melhor que aumentassem os recursos para as empresas de menor porte, que têm maiores dificuldades no mercado livre.
O volume de empréstimos do BNDES é bom termômetro do interesse em investir. O montante de consultas e enquadramentos, etapas iniciais das operações, apresentou um comportamento menos ruim (queda de 20% e de 19% nos últimos 12 meses) do que o das etapas finais (aprovações e desembolsos, que caíram 38% e 32% em igual período).
O papel do BNDES será crucial para a retomada de investimentos em especial na infraestrutura, para maior eficiência econômica e corte de custos dos agentes econômicos.
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