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Novos ativos da CCR somam R$ 13 bi em investimentos

O grupo tem investimentos de R$ 13,3 bilhões previstos em três concessões conquistadas recentemente, todas com 30 anos de duração.

Valor Econômico

18/12/2013 10h46


A CCR, controlada pela Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido, venceu a concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul (MS) com uma tarifa de R$ 4,38 a cada 100 quilômetros, deságio de 52,74% em relação ao teto fixado pelo governo, e tem agora no portfólio um ativo desafiador.

O grupo tem investimentos de R$ 13,3 bilhões previstos em três concessões conquistadas recentemente, todas com 30 anos de duração.

Somente na BR-163 o investimento soma R$ 5,7 bilhões ao longo do prazo de concessão. No último mês, a empresa conquistou o aeroporto de Confins (MG), que exige investimentos de R$ 3,7 bilhões também em 30 anos (neste caso, a CCR está em consórcio e a estatal Infraero banca metade dos aportes totais).

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A CCR, controlada pela Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido, venceu a concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul (MS) com uma tarifa de R$ 4,38 a cada 100 quilômetros, deságio de 52,74% em relação ao teto fixado pelo governo, e tem agora no portfólio um ativo desafiador.

O grupo tem investimentos de R$ 13,3 bilhões previstos em três concessões conquistadas recentemente, todas com 30 anos de duração.

Somente na BR-163 o investimento soma R$ 5,7 bilhões ao longo do prazo de concessão. No último mês, a empresa conquistou o aeroporto de Confins (MG), que exige investimentos de R$ 3,7 bilhões também em 30 anos (neste caso, a CCR está em consórcio e a estatal Infraero banca metade dos aportes totais).

Além disso, ainda neste ano, levou o projeto do metrô de Salvador, que exigirá R$ 3,9 bilhões, também com participação do setor público.

Mesmo com as parcerias e os recursos públicos envolvidos, tantos projetos vão elevar o endividamento da CCR. A dívida líquida consolidada atingiu R$ 6 bilhões no fim do terceiro trimestre, e a relação da dívida líquida sobre Ebitda (geração de caixa) em 12 meses era de 1,9 vez. Agora, com Confins e BR-163, a empresa está se aproximando do limite de três vezes.

Ainda deve haver espaço para pelo menos mais uma rodovia, segundo o diretor de novos negócios da CCR, Leonardo Vianna.

Ele já afirmou anteriormente que os acionistas poderiam elevar a limitação. Vianna disse que 70% dos investimentos serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que os 30% restantes serão de capital próprio, sem dívida.

De acordo com Vianna, o grupo começou em 2010 a acompanhar a BR-163 e, por isso, conhece o tráfego da região há três anos. Ele disse que realizou um estudo exatamente dentro dos padrões que usa para qualquer outro do tipo, e que acredita no potencial da região.

“Tínhamos feito estudo desta rodovia em 2010 e 2011. Diferentemente das outras companhias, temos histórico de tráfego da [BR] 163 nos últimos três anos e conseguimos ver sua evolução. Aquela região do Mato Grosso do Sul tem crescido mais do que no resto do país, e a rodovia tem potencial de crescimento grande”, disse o executivo, em coletiva de imprensa.

Para Vianna, esse é o lote mais desafiador para a companhia em termos de volume de duplicação. “Em termos de volume de investimento concentrado é, sem dúvida.” Serão 806 quilômetros de duplicação em cinco anos de contrato. Nesse prazo, o governo calcula que devem ser investidos R$ 3,4 bilhões pela iniciativa privada.

“Lá tem uma particularidade que nos favoreceu fazer uma proposta desse patamar. A dificuldade de engenharia é zero. É um plano em não tem serra e não tem rocha. Então em termos de engenharia você não tem nenhuma dificuldade”, disse.

Segundo ele, são poucas as desapropriações e já há licenciamento para os 10% iniciais da obra cuja conclusão é necessária para iniciar a cobrança de pedágio.

Vianna afirmou que a CCR pode adiantar a cobrança de pedágio em relação à estimativa do governo, que é de 18 meses após a assinatura do contrato, e disse que a licença ambiental para essas obras já foi liberada.

Vianna afirmou que tem interesse na BR-040 (entre Juiz de Fora, em MG, e Brasília), última concessão do ano, e que Minas Gerais é importante para o grupo.

“Vamos participar de novo, dentro de nossa política de disciplina de capital. A BR-040 é um projeto bastante interessante. Minas Gerais é interessante, temos uma estratégia de estar no Estado.” Ele disse que a avaliação sobre a BR-040 será independente do aeroporto de Confins (MG), conquistado pela companhia em novembro, pois não há sinergias com a rodovia.

O contrato da BR-163 no Mato Grosso do Sul vai durar 30 anos. O edital prevê a execução dos serviços de duplicação, recuperação, manutenção, conservação, operação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade de 847,2 km da rodovia. Ao longo de toda a duração da concessão, os investimentos estão previstos em R$ 6,4 bilhões.

No quinto ano de concessão, o BofA estima que a rodovia gere receitas de R$ 390 milhões e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 190 milhões, representativos de 3,8% do faturamento e 3,5% do Ebitda obtido pela CCR no mesmo período.

Segundo relatório assinado por Sara Delfim, Murilo Freiberger e Roberto Otero, o valor presente líquido da operação da BR-163 poderia chegar a R$ 800 milhões, aumentando o resultado da companhia em 3%.

Para o analista Bruno Di Giacomo, da Fator Corretora, a CCR não era uma das favoritas para arrematar o trecho, visto o favoritismo da Odebrecht pela sinergia natural com o trecho BR-163 MT.

“Acreditávamos que a Odebrecht detinha uma vantagem competitiva tanto no aspecto sinérgico quanto a um possível estudo mais aprofundado sobre a via, visto o deságio oferecido no trecho BR-163 MT”, diz ele. “De maneira geral, vemos como positivo para a CCR vencer o leilão da BR-163 MT dado o expertise e reconhecimento na entrega de resultados em concessões rodoviárias”.

 

 

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