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Navio-sonda deverá gerar 2,5 mil vagas em Rio Grande

Nos próximos dois anos, dobraremos a capacidade e chegaremos a 7 mil pessoas.

Zero Hora

25/09/2012 08h13 | Atualizada em 25/09/2012 19h03


Com capacidade para perfurar poços de petróleo de até 10 mil metros de profundidade na camada do pré-sal, os três primeiros navios-sonda que serão construídos no polo naval de Rio Grande a partir do próximo ano também farão jorrar ofertas de empregos na região. O contrato de US$ 2,36 bilhões obtido pela Ecovix, que prevê a entrega das embarcações até julho de 2017, necessitará 2,5 mil trabalhadores, estima o presidente da empresa, Gerson de Mello Almada.

A companhia, também contratada pela Petrobras para construir oito cascos de plataformas em Rio Grande, já conta com 3,5 mil funcionários na cidade. Como apenas iniciou a produção da primeira estrutura (30% do casco da

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Com capacidade para perfurar poços de petróleo de até 10 mil metros de profundidade na camada do pré-sal, os três primeiros navios-sonda que serão construídos no polo naval de Rio Grande a partir do próximo ano também farão jorrar ofertas de empregos na região. O contrato de US$ 2,36 bilhões obtido pela Ecovix, que prevê a entrega das embarcações até julho de 2017, necessitará 2,5 mil trabalhadores, estima o presidente da empresa, Gerson de Mello Almada.

A companhia, também contratada pela Petrobras para construir oito cascos de plataformas em Rio Grande, já conta com 3,5 mil funcionários na cidade. Como apenas iniciou a produção da primeira estrutura (30% do casco da P-66), Almada projeta a necessidade de incorporar outras mil pessoas apenas para cumprir a entrega para a estatal, aumentando ainda mais a busca por mão de obra na região.

Nos próximos dois anos, dobraremos a capacidade e chegaremos a 7 mil pessoas. Mão de obra é sempre um problema. O grande atrativo é esse projeto de longo prazo para pessoas que queiram ficar focadas neste setor. Mas terá de vir gente de fora (do Estado) diz Almada, que desde o resultado da licitação dos navios-sonda anunciado mês passado pela Petrobras ainda não tinha detalhado o projeto de construção das três embarcações.

Suprir a necessidade de recursos humanos qualificados para toda a demanda dos polos navais de Rio Grande e agora do Jacuí será um desafio, admite o diretor regional do Senai, José Zortéa. A expectativa é que, nos próximos cinco anos, o setor no Estado precise de pelo menos mais 10 mil trabalhadores. O gargalo, assegura Zortéa, não é a oferta de vagas nas escolas técnicas, mas a dificuldade de conseguir pessoas que preencham os requisitos básicos para aproveitar as oportunidades.

Muitas pessoas, apesar do ensino básico completo, sequer sabem ler direito. Quando entra a matemática e a química, aí nem se fala, relata Zortéa.

Os três navios-sonda que serão construídos pela Ecovix no Estaleiro Rio Grande 2 (ERG2) devem ser apenas os primeiros.

A expectativa da empresa é, nos próximos anos, vencer a concorrência de pelo menos mais cinco embarcações para entrega até 2020. Se houver êxito, o polo naval de Rio Grande pode receber encomendas de mais US$ 3,9 bilhões.

Temos a grande vantagem de que o nosso estaleiro já está completo, é só começar a produzir. Boa parte das outras empresas que ganharam a concorrência (de um total de 28 navios-sonda) ainda têm de construir os estaleiros observa Gerson de Mello Almada, presidente da Ecovix.

Além de Rio Grande, o polo do Jacuí será beneficiado. Segundo Almada, a Ecovix já está negociando a construção de módulos dos navios-sonda na unidade que a Iesa está erguendo em Charqueadas.

Devido à complexidade tecnológica dos navios-sonda, outro grande desafio será cumprir o índice de nacionalização exigido pela Petrobras de 55% da primeira embarcação que começa a ser produzida ainda em 2013 e de 60% nas outras duas. Como serão os primeiros navios-sonda a serem construídos no Brasil, para atender a exigência a Ecovix também conduz tratativas com fabricantes estrangeiros de equipamentos como perfuradores e unidades de geração de energia para que se instalem no Brasil.

 

 

 

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