Assessoria de Imprensa
08/02/2022 11h00 | Atualizada em 15/03/2022 13h54
A mobilidade tornou-se uma característica muito relevante nas mais diversas atividades produtivas. Na produção de concreto, isso não é diferente, com o avanço de dois tipos de equipamentos móveis: as centrais montadas sobre chassi e rodas, cuja movimentação exige apenas o atrelamento a um cavalo mecânico, e as centrais projetadas para transporte e montagem rápidos, seja nas obras ou em outros locais onde haja demanda por concreto.
Nesse caso, o material pode ser apenas dosado ou misturado (para distingui-lo, há quem denomine o modelo de ‘semimóvel&rsq
...A mobilidade tornou-se uma característica muito relevante nas mais diversas atividades produtivas. Na produção de concreto, isso não é diferente, com o avanço de dois tipos de equipamentos móveis: as centrais montadas sobre chassi e rodas, cuja movimentação exige apenas o atrelamento a um cavalo mecânico, e as centrais projetadas para transporte e montagem rápidos, seja nas obras ou em outros locais onde haja demanda por concreto.
Nesse caso, o material pode ser apenas dosado ou misturado (para distingui-lo, há quem denomine o modelo de ‘semimóvel’). “Qualquer que seja o modelo, uma central móvel deve fornecer concreto com a mesma qualidade de uma usina fixa”, ressalta Michel Ludwig, gerente de vendas de plantas de concreto da Ammann.
Afinal, ele justifica, ambas dispõem dos mesmos recursos e tecnologias e, assim, a qualidade do concreto depende apenas dos ingredientes e da formulação. A diferença entre os dois sistemas está na modalidade de uso, pois uma central semimóvel permanece sempre no mesmo local, enquanto a móvel segue para a próxima obra. “Em geral, a planta deve ser fácil de montar e desmontar, para transporte de um local a outro”, explica o profissional da Ammann, cujo portfólio inclui plantas com transporte e montagem otimizados, todas importadas da Alemanha.
A Liebherr é outra marca global que adota o modelo de logística e montagem rápidas. Uma das soluções é a Mobilmix 0.5-C, uma central com capacidade para produzir 30 m3/h de concreto e que pode ser montada em apenas dois dias. “Opcionalmente, esse modelo pode ser fornecido com um sistema hidráulico de autoelevação, que dispensa a utilização de guindastes na montagem”, ressalta Gian Romano, gerente comercial de tecnologia do concreto da empresa.
Centrais semimóveis têm transporte e montagem otimizados para transporte de um local a outro
Alguns modelos também têm a opção de fundação construída em aço, que dispensa as estruturas convencionais, feitas em concreto. “Isso garante mobilização e desmobilização mais rápidas, evitando resíduos de concreto nos locais de instalação”, explica o gerente.
Atualmente, a Liebherr fornece centrais móveis com capacidades de 30 m³/h a mais de 100 m³/h. “As fixas geralmente têm capacidade maior, pois quanto maior a capacidade, menor a mobilidade”, observa Romano. “Mas todas devem possuir as mesmas características em relação à qualidade, para garantir a produção do concreto dentro das especificações e normas requeridas.”
USOS E CUSTOS
Conceitos de logística avançada permitem a montagem da planta em apenas dois dias
No município de Santa Rosa (RS), a Lintec-Ixon produz centrais móveis montadas sobre chassi e rodas, além de modelos concebidos para transporte e montagem rápidos. O gerente comercial da empresa, David Kaffka, reforça a afirmação de que a central móvel fornece concreto com a mesma qualidade de uma fixa. “A tecnologia é a mesma, incluindo o ‘cérebro’ do sistema, componentes e controles”, argumenta.
“O que define características do concreto como o FCK (Feature Compression Know, ou Resistência Característica do Concreto à Compressão) é a dosagem, que hoje é controlada com os mesmos recursos, seja em uma central fixa ou móvel.”
As unidades móveis, ele pondera, são interessantes não apenas para obras mais distantes dos fornecedores de concreto usinado, mas também para locais onde, por qualquer motivo – como dificuldade de acesso – o custo do transporte do insumo é maior.
“Também há lugares onde é caro e difícil levar cimento a granel, o que exige caminhões do tipo conhecido como ‘cebolão’”, complementa Kaffka. “Por isso, desenvolvemos um sistema que rasga os sacos de cimento nas centrais móveis.”
No portfólio, a Lintec-Ixon disponibiliza centrais móveis com capacidade entre 20 m3/h e mais de 120 m3/h. Algumas delas, que o gerente denomina como ‘autoerigíveis’, são dotadas de tecnologia que dispensa o uso de guindastes para a montagem do silo, erguendo-se através de um sistema hidráulico. “Dependendo do local, o custo do guindaste pode ser relevante”, ele sublinha. “Com o silo embarcado e autoerigível, a central fica praticamente pronta, bastando ao cliente preparar a infraestrutura, em itens como rampa, energia e insumos.”
Decisão sobre o modelo a ser utilizado leva em conta as características da obra
De todo modo, como lembra Ludwig, da Ammann, o custo total de uma central móvel não depende apenas da capacidade, mas também das características e especificidades de cada modelo. Isso inclui se é montada sobre rodas ou transportável em contêineres, se conta com sistema hidráulico para elevação do silo e se pode ser montada em estruturas de aço, por exemplo.
Mas, comparativamente às fixas, a manutenção das centrais móveis pode ser um pouco mais complexa. “Há menos espaço, pois são produzidas para serem facilmente transportadas”, justifica.
Demandadas por concreteiras, as centrais móveis têm nas construtoras seu maior mercado, aponta Kaffka, da Lintec-Ixon. Segundo ele, as unidades hoje disponíveis no Brasil contam com os mesmos recursos tecnológicos fornecidos em outros mercados.
A empresa produz tanto centrais móveis dosadoras quanto misturadoras – nesse caso, importando os misturadores. “Porém, quase não há demanda por centrais móveis misturadoras no Brasil, tanto que a última que produzimos foi para a Argentina”, relata.
Na Liebherr, o portfólio atual de centrais de concreto (móveis ou fixas) está restrito às misturadoras, importadas da Alemanha. E Romano, ao contrário de Kaffka, afirma haver demanda para centrais móveis no mercado brasileiro.
“No entanto, existe uma tendência forte por retrofitting”, ele pondera. “Assim, as inovações e atualizações tecnológicas acabam ficando um pouco mais limitadas ao que é possível fazer dentro de uma reforma de equipamento mais antigo.”
CONCRETEIRAS
Alguns modelos indicados para montagem nas obras podem ser transportados em contêineres
Por falar em concreteiras, o parque atual para produção de concreto da Supermix inclui 30 centrais móveis, entre dosadoras e misturadoras, além de 120 centrais fixas. Algumas são construídas sobre rodas, enquanto outras são projetadas para montagem nas obras. “As centrais sobre rodas, especificamente, são muito ágeis, mas por terem placa exigem o pagamento de impostos como o IPVA, mesmo ficando paradas durante bom tempo em uma obra”, pondera Helisson Mayer, superintendente de manutenção da empresa.
Para decidir sobre o uso de uma central móvel dosadora ou misturadora, a equipe da Supermix avalia as características da obra na qual será empregada: “Na pavimentação de rodovias, que demanda concreto mais seco, uma central misturadora é mais indicada, pois dispensa o uso de betoneiras e permite despejar o concreto em uma caçamba”, exemplifica.
O especialista afirma que há uma procura crescente por centrais móveis no agronegócio, especialmente para emprego na construção de silos e galpões. “Pequenas barragens, parques eólicos e fotovoltaicos também são geralmente feitos com o uso desses modelos”, diz Mayer.
Já no parque da Engemix predominam modelos construídos sobre rodas, mas também há opções para montagem nas obras: “Temos um modelo, com capacidade entre 60 e 80 m3/h, que pode ser transportado em dois contêineres, em uma única viagem”, destaca Marcus Boni, coordenador de manutenção de concreto e gestão de projetos da Unidade Concreto da Votorantim Cimentos, controladora da concreteira.
Segundo Ricardo Soares, diretor da Unidade Concreto da Votorantim Cimentos, as centrais móveis são mais usuais em grandes obras de infraestrutura, geralmente distantes das usinas fixas e que demandam grandes volumes de concreto. Para ele, não vale a pena instalá-las em uma obra menor que pode ser abastecida por uma central fixa. “É preciso escala, pois uma central móvel também exige uma estrutura de pessoal e equipamentos”, justifica.
Automatização já é realidade no segmento
Sejam móveis ou fixas, as centrais de concreto dispõem atualmente de vários recursos de automação. De acordo com Gian Romano, gerente comercial de tecnologia do concreto da Liebherr, os controles automatizados garantem alta eficiência e precisão nas dosagens, além da possibilidade de gestão e armazenamento de traços e dados dos clientes e controle de estoque das matérias-primas.
“Além de operação a distância, são recursos que permitem a elaboração de relatórios precisos das dosagens, garantindo a rastreabilidade do concreto produzido e dos tempos de trabalho dos componentes, possibilitando assim uma gestão mais eficaz das manutenções”, diz ele.
Recursos de automatização garantem alta produtividade e qualidade do concreto
As centrais da Liebherr, prossegue Romano, possuem recursos – por enquanto opcionais – que conferem controle dinâmico da umidade dos agregados, garantindo a possibilidade de correção, em tempo real, da quantidade de água adicionada ao concreto, assim como o controle de consistência e temperatura. “Todos esses recursos garantem alta produtividade e qualidade do concreto produzido”, assegura.
Nas soluções da Lintec-Ixon, por sua vez, é possível integrar a automação das centrais aos sistemas das empresas (ERPs) e, consequentemente, vincular as informações da produção diretamente aos dados das áreas comercial e fiscal, entre outras. “Outra evolução das centrais automatizadas é a assistência remota, que permite acessar os relatórios de erros das centrais diretamente na fábrica, e mesmo solucionar vários desses erros”, diz David Kaffka, gerente comercial da empresa. “Isso já é um procedimento bastante comum, reduzindo custos e tempos de parada.”
Parte relevante dos recursos de automação das centrais, como os mecanismos de controle da dosagem, já é fornecida como padrão. Já o controle da umidade requer a instalação de sensores. “A demanda pela automação vem crescendo, até porque a tecnologia tornou-se mais acessível e a confiabilidade dos componentes eletrônicos aumentou muito”, ressalta Kaffka. “Mas o nível de automatização sempre vai depender do gosto do cliente, de quanto ele quer investir.”
Estação automática permite obter concreto com rapidez
Estação de concreto permite autoatendimento a partir de 0,15 m3
Configurada por computador, a estação BTS da alemã Fliegl Baukom permite acessar o terminal com cartão de débito e escolher entre mais de 20 diferentes tipos de concreto, determinando a quantidade em uma tela sensível ao toque (no detalhe da imagem). Com capacidade de mistura de 15 a 25 m³/h, dependendo do modelo, a máquina inicia automaticamente o processo, que leva cerca de três minutos, incluindo o carregamento do material no veículo do cliente.
O sistema de carregamento e mistura é composto por um silo de cimento e três bunkers para armazenamento de areia e cascalho. “A quantidade de enchimento do silo também é exibida, assim como o teor de umidade do cascalho e da areia, que também podeser ajustado”, explica a empresa.
Saiba mais:
Ammann: www.ammann.com/pt-br
Engemix: www.engemix.com.br
Fliegl Baukom: https://fliegl-baukom.de
Liebherr: www.liebherr.com.br
Lintec-Ixon: www.lintec-ixon.com.br
Supermix: www.supermix.com.br
19 de novembro 2024
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