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Agência Estado
26/01/2010 17h14
O principal "formador" de palanques em 2010 para a dupla Lula-Dilma será o Ministério dos Transportes. Em um dois maiores orçamentos durante o governo Lula, a Pasta terá R$ 17 bilhões para investir em obras de infraestrutura, este ano, garantindo uma extensa agenda de inauguração de obras durante período eleitoral. Os investimentos do ministério são 45,3% superior ao executado no ano passado, que foi de R$ 11,7 bilhões.
Na reunião ministerial da semana passada, marcada pelo conteúdo eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que é preciso manter um ritmo forte de execução dos projetos. "A determinação do presidente Lula é para que se gaste", revelou um interlocutor do governo ao jornal "O Estado de S. Paulo
O principal "formador" de palanques em 2010 para a dupla Lula-Dilma será o Ministério dos Transportes. Em um dois maiores orçamentos durante o governo Lula, a Pasta terá R$ 17 bilhões para investir em obras de infraestrutura, este ano, garantindo uma extensa agenda de inauguração de obras durante período eleitoral. Os investimentos do ministério são 45,3% superior ao executado no ano passado, que foi de R$ 11,7 bilhões.
Na reunião ministerial da semana passada, marcada pelo conteúdo eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que é preciso manter um ritmo forte de execução dos projetos. "A determinação do presidente Lula é para que se gaste", revelou um interlocutor do governo ao jornal "O Estado de S. Paulo". Os secretários-executivos, que eventualmente irão substituir os ministros que também se afastarão do cargo para concorrer às eleições, foram avisados de que terão "muito trabalho e que não poderão afrouxar" na execução dos projetos só porque se trata do último ano de mandato.
Do total dos recursos para o Ministério dos Transportes, R$ 10 bilhões são provenientes do orçamento de 2009 - os chamados restos a pagar - e cerca de R$ 7 bilhões virão do orçamento de 2010, que ainda precisa ser sancionado pelo Presidente da República. Esses recursos não serão incluídos no decreto de programação financeira, que o governo deve divulgar em fevereiro, porque se referem às obras do PAC. É com esse enfoque que Lula quer lançar o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC-2), com uma lista ampliada de obras do PAC, que serão executadas a partir de 2011, embora anunciadas neste ano. A ideia é estabelecer um planejamento de longo prazo para obras que devem ser executadas no próximo governo.
Na área de transportes, será dada ênfase a obras de ferrovias e hidrovias, para desafogar as estradas, que hoje concentram 60% do transporte de carga, e obter, como dividendo, a bandeira da preocupação ambiental. O transporte por caminhões e carretas, movidos a diesel, é um dos principais responsáveis pela emissão de gases causadores do aquecimento global. A estratégia já é chamada de "PAC ecologicamente correto". Várias obras lançadas em versões anteriores do PAC serão concluídas este ano. Entre elas, a duplicação da BR-101 Nordeste, nos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, incentivando o turismo e o acesso aos portos da região. A inauguração desses trechos de estrada duplicada no principal reduto eleitoral lulista reforça o apoio ao governo e, por extensão, a pré-candidata Dilma.
Para fortalecer a candidatura de Dilma Rousseff, o Planalto quer levar a ministra da Casa Civil para os palanques que serão montados para inauguração e lançamentos de obras pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A legislação eleitoral não impede a inauguração de obras durante o período eleitoral, o que permitirá a Lula "abraçar a campanha da ministra Dilma", segundo revelou um ministro. De acordo com o plano traçado, mesmo após deixar o cargo, com a desincompatibilização prevista para até 3 abril, Dilma poderá acompanhar Lula nessas inaugurações, concentradas no nordeste do país."As pessoas pensam que o que garante o voto no Nordeste é o bolsa família. Não é só isso, não. As obras em rodovias são muito importantes para a região", disse a mesma fonte.
A lei eleitoral proíbe apenas que os candidatos participem de inaugurações de obras públicas três meses antes das eleições de outubro. Mas até lá, Dilma terá três meses - de abril, quando ela se desincompatibiliza, a julho - para subir nos palanques ao lado de Lula. Nesse período, não poderá ser punida pela Justiça Eleitoral por participar das solenidades de inauguração das obras.
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