Mercado
Estado de Minas
01/03/2010 15h58 | Atualizada em 01/03/2010 19h01
As indústrias mineiras de máquinas e equipamentos terão de enfrentar, aparentemente, um desafio maior que o esperado pelo setor no Brasil para retomar planos de investimento nas fábricas. Clientes de peso dos fabricantes mineiros, as empresas de mineração e siderurgia ainda não deixaram claro como e quando vão retomar projetos suspensos em decorrência da crise financeira global. No Brasil, as principais apostas para as encomendas estão na demanda relacionada aos programas de exploração de petróleo da camada pré-sal, que têm participação bem inferior nos pedidos feitos aos fabricantes de máquinas em Minas. A expectativa no estado é de que eles invistam R$ 1,068 bilhão este ano, dos R$ 8,929 bilhões projetados pela Associação da Indústria
...As indústrias mineiras de máquinas e equipamentos terão de enfrentar, aparentemente, um desafio maior que o esperado pelo setor no Brasil para retomar planos de investimento nas fábricas. Clientes de peso dos fabricantes mineiros, as empresas de mineração e siderurgia ainda não deixaram claro como e quando vão retomar projetos suspensos em decorrência da crise financeira global. No Brasil, as principais apostas para as encomendas estão na demanda relacionada aos programas de exploração de petróleo da camada pré-sal, que têm participação bem inferior nos pedidos feitos aos fabricantes de máquinas em Minas. A expectativa no estado é de que eles invistam R$ 1,068 bilhão este ano, dos R$ 8,929 bilhões projetados pela Associação da Indústria Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
As encomendas da siderurgia e da mineração vão, com certeza, influenciar essas estimativas para cima ou para baixo, segundo o vice-presidente regional da Abimaq, Marcelo Luiz Moreira Veneroso. “Num cenário de recuperação da economia, não sabemos o que essas empresas vão retomar, de forma efetiva, dos planos que foram cortados no auge da crise”, afirma o empresário. As indústrias de máquinas e equipamentos já observaram um novo quadro de melhora dos negócios, mas ainda longe do bom desempenho de 2008.
Os fabricantes apuraram uma receita de R$ 4,063 bilhões em janeiro, com queda de 26,1% na comparação com dezembro de 2009. No entanto, representou crescimento de 15,9% frente ao mesmo mês do ano passado. Além dos investimentos da indústria do petróleo e gás, a recuperação esperada pelo setor tem como âncora os investimentos da indústria da construção civil para cumprir as metas do programa Minha casa, minha vida, de subsídio à construção de moradias populares, e a infraestrutura para realização dos jogos da Copa do Mundo de 2014 e daOlimpíada de 2016.
O otimismo é contido pela preocupação com o resultado desfavorável da balança de comércio com o exterior da indústria de máquinas e equipamentos, destaca Marcelo Veneroso. As importações brasileiras do setor caíram bem menos, com a escassez do crédito no mundo, do que as exportações. De janeiro a dezembro de 2009, o país importou US$ 18,789 bilhões em máquinas e equipamentos, cifra 14,3% menor ante as compras no mercado internacional de US$ 21,926 bilhões durante o ano anterior. As vendas externas de US$ 7,643 bilhões no ano passado diminuíram 40,5% em relação aos valores registrados em 2008.
“Não há dúvidas de que os nossos produtos ficaram menos competitivos e isso ocorreu principalmente por causa do dólar fraco”, afirma o executivo. Para o setor, não há como manter margens do negócio, desenvolver tecnologia e ampliar a produção com um dólar cotado a menos de R$ 2,30.
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