Mercado
Valor
30/03/2010 13h14
O programa Minha Casa, Minha Vida 2, anunciado ontem pelo governo federal no âmbito do PAC 2, desagradou ao mercado. As ações de construtoras figuraram entre as maiores quedas da Bolsa de São Paulo e deram o tom negativo num dia em que o Índice Bovespa subiu 1,83%. Caíram os papéis de PDG - menos 4,65%, maior queda do Ibovespa - , Gafisa, MRV, Cyrela e Rossi.
O mercado esperava que a segunda edição do programa trouxesse mudanças no modelo de liberação dos recursos por parte da Caixa Econômica Federal e metas mais ambiciosas. O objetivo de construir 2 milhões de unidades ficou abaixo da expectativa - as construtoras esperavam até 3 milhões. Além disso, 60% do total das novas unidades serão direcionados às famílias com renda de até
...O programa Minha Casa, Minha Vida 2, anunciado ontem pelo governo federal no âmbito do PAC 2, desagradou ao mercado. As ações de construtoras figuraram entre as maiores quedas da Bolsa de São Paulo e deram o tom negativo num dia em que o Índice Bovespa subiu 1,83%. Caíram os papéis de PDG - menos 4,65%, maior queda do Ibovespa - , Gafisa, MRV, Cyrela e Rossi.
O mercado esperava que a segunda edição do programa trouxesse mudanças no modelo de liberação dos recursos por parte da Caixa Econômica Federal e metas mais ambiciosas. O objetivo de construir 2 milhões de unidades ficou abaixo da expectativa - as construtoras esperavam até 3 milhões. Além disso, 60% do total das novas unidades serão direcionados às famílias com renda de até três salários mínimos, sendo que na primeira versão do pacote essa fatia era de 40%.
A nova versão do PAC reforçou o foco em investimentos sociais genéricos. Dos seis subgrupos, quatro visam a mudanças nos municípios ou mesmo em bairros. Foram incluídas as categorias "Cidade Melhor", "Água e Luz para Todos" e "Comunidade Cidadã". Este último tem previsão de R$ 23 bilhões e inclui Unidades de Pronto Atendimento, creches e até complexos esportivo-culturais.
Estão previstos investimentos de até R$ 1,59 trilhão, sendo mais de R$ 600 bilhões após 2014. Para a rubrica de energia prevê-se R$ 1 trilhão, sendo quase R$ 900 bilhões pela Petrobras. Em transportes, a previsão é de R$ 109 bilhões, em rodovias e expansão da malha ferroviária. A ministra Dilma Rousseff admitiu que o projeto do Trem de Alta Velocidade custará mais do que o previsto e lançou projetos para estendê-lo, de São Paulo a Curitiba, Uberlândia e Belo Horizonte. Foi um de seus últimos atos antes da desincompatibilização para disputar a Presidência da República.
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