A cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, agora abriga a maior usina solar do estado.

A nova estrutura ocupa uma área de 53 mil metros quadrados e foi instalada há pouco mais de um mês no Parque Tecnológico da cidade.

Com quase 10 mil placas solares, o local tem capacidade de gerar 10 GWh de energia por ano, o suficiente para atender, em média, 3.400 casas.

Por isso, além de abastecer as empresas sediadas no parque, essa produção também pode ser utilizada pelos moradores de 27 municípios no interior e do litoral paulista que são atendidos pela mesma empresa de distribuição.

A energia limpa gerada na usina reduz a emissão de 290 toneladas de CO2 por ano na atmosfera. Esse volume equivale ao plantio de 2.100 árvores nativas, ou à retirada de circulação de 100 carros que emitem gases do efeito estufa, por exemplo.

Além de ajudar o meio ambiente, o uso da energia solar também traz vantagens econômicas.

Segundo o presidente do Parque Tecnológico de Sorocaba, Nelson Cancellara, os descontos na conta de energia variam entre 10% e 20% para os clientes residenciais de baixa tensão, e podem chegar a até 40% para quem utiliza a média tensão, como empresas, indústrias e pequenos comércios.

Cancellara destacou, ainda, os benefícios que as cidades ganham com a instalação desse tipo de usina. “Ela vai gerar mais emprego, mais renda, mais imposto, e tudo isso é revertido para o cidadão, né? Vai gerar mais economia e isso impulsiona a região”, disse à CNN.

Energia solar em expansão – De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia solar é a segunda maior fonte energética do país, sendo responsável por 22,2% de toda a matriz elétrica nacional. E esse setor segue crescendo significativamente a cada ano.

Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que o Brasil já ultrapassou a marca de 50 gigawatts de potência instalada operacional, tornando-se o sexto país a alcançar esse patamar no mundo. A previsão para este ano é de esse número chegue a 64,7 GW, um crescimento de 25% em relação a 2024.