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Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar Brasil

Conversamos sobre o assunto com Luiz Carlos Calil, presidente da companhia no Brasil

Investimentos e Notícias

02/04/2012 11h50 | Atualizada em 03/04/2012 16h44


A Caterpillar Brasil realizou um programa de investimentos de R$ 350 milhões no país, com o objetivo de ampliar o seu foco de atuação, atendendo à demanda de empresas de mineração e petróleo.

Confira a entrevista concedida ao repórter Marcelo Ribeiro:

IN: Como surgiu a ideia de implantar geradores de propulsão diesel-elétrica?

Luiz Carlos Calil: A Caterpillar já vendeu mais de mil unidades desse tipo de gerador aqui no Brasil ao longo dos últimos 20, 25 anos. Eles eram importados. A ideia surgiu em função de demanda. A Caterpillar tem investido fortemente na área de energia, inclusive com algumas aquisições em empresas que tem produtos de geração de energia. E ess

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A Caterpillar Brasil realizou um programa de investimentos de R$ 350 milhões no país, com o objetivo de ampliar o seu foco de atuação, atendendo à demanda de empresas de mineração e petróleo.

Confira a entrevista concedida ao repórter Marcelo Ribeiro:

IN: Como surgiu a ideia de implantar geradores de propulsão diesel-elétrica?

Luiz Carlos Calil: A Caterpillar já vendeu mais de mil unidades desse tipo de gerador aqui no Brasil ao longo dos últimos 20, 25 anos. Eles eram importados. A ideia surgiu em função de demanda. A Caterpillar tem investido fortemente na área de energia, inclusive com algumas aquisições em empresas que tem produtos de geração de energia. E essa iniciativa no Brasil para esse grupo gerador é em função da demanda do pré-sal, onde nós encontramos uma grande oportunidade. Mas ao mesmo tempo sempre levando em conta um aspecto importante: nós estamos trazendo esse motor importado para o Brasil, mas todos os demais componentes que constituem esse grande gerador são produzidos localmente. Com isso, nós estamos perfazendo um índice de nacionalização de componentes de 64%.

IN: Por qual motivo a produção será realizada em Piracicaba?

Luiz Carlos Calil: Porque nós já temos esse prédio Em Piracicaba, que realiza a produção de geradores. Nos últimos 8, 10 anos, nós já vínhamos produzindo geradores de menor porte para atender um mercado de consumo menor e de múltiplas aplicações de geradores. Então, já produzíamos geradores de pequeno porte para a indústria local. Nós pudemos viabilizar, mesmo porque nós já tínhamos o know-how do pessoal, temos um processo definido e enxergamos que a produção, embora seja de um gerador de grande porte, pode sofrer alterações no processo, fazendo alguns investimentos e adequar a linha desse gerador aqui, o que faz minimizemos o seu custo operacional.

IN: Qual é o perfil do cliente da companhia e como está sendo a aceitação de seus geradores?

Luiz Carlos Calil: O perfil do cliente envolve aquelas empresas que fornecerão serviços e prestarão componentes para a indústria petrolífera. E parte desses componentes envolve esses complexos geradores. São contratados, como por exemplo, a Petrobras, por outros grandes estaleiros, clientes, fazendo essa intermediação, suprindo equipamento, enquanto nós estamos suprindo contratados para fornecimento de energia.

IN: De que maneira a Caterpillar pretende manter a tendência crescente de sua economia?

Luiz Carlos Calil: A Caterpillar, aqui no Brasil, é a fábrica do grupo que tem a maior variedade de produtos relacionados às máquinas e equipamentos para toda a infraestrutura. Nós também fornecemos para suporte de operações de mineração e estamos aqui presentes com todos os produtos que acreditamos que podem servir bem à toda estrutura local. Quanto ao crescimento, nós estamos sempre reciclando o nosso portfólio de produtos e já temos uma visão em função do crescimento de infraestrutura que nós vamos ter no Brasil nos próximos 10 anos. Já temos bem claro como será o novo portfólio de produtos, do crescimento e estaremos atentos para a criação de novos produtos que se fizerem necessários para atender esse mercado e estarmos produzindo aqui no Brasil.

IN: Quais são as medidas da empresa em relação a projetos sustentáveis?

Luiz Carlos Calil: Nós temo uma base na Amazônia hoje, onde nós desenvolvemos produtos com configuração florestal no sentido de garantir a renovação da floresta. Nós temos continuamente um trabalho que fazemos com nossos produtos, onde cedemos os mesmo e treinamos trabalhadores para que saibam realizar operações na floresta de tal forma que ela se mantenha perenemente renovável.  Além disso, este prédio em Piracicaba, seguiu todos os princípios de renovação. Aqui fazemos o reaproveitamento de 80% da água que utilizamos aqui, claridade, concebido com todos os princípios da sustentabilidade. Temos várias iniciativas, inclusive sociais. Fomos padrinhos de uma nascente que fornece água para a Cantareira. Recentemente, comemorando os 35 anos da companhia, criamos o projeto H2O, onde ensinamos aos jovens e às crianças a importância da conservação da água. Cada vez mais, passamos a percepção da necessidade de cuidar do meio ambiente para a população.

IN: Está prevista a implantação de mais projetos inovadores?

Luiz Carlos Calil: Estamos estudando futuras demandas e necessidades, mas ainda nada concreto, porém devem ser neste mesmo segmento (de energia). Mas se produzirmos, tentaremos fazê-lo com um maior índice de nacionalização.

IN: Qual é o nível de envolvimento da companhia com o pré-sal?

Luiz Carlos Calil: Muito grande, inclusive com equipamentos, para cobrir as áreas que serão atendidas e exploradas pelo pré-sal. Exige um profundo trabalho de pesquisa da nossa equipe de engenharia, de nossa administração, pensando de que maneira podemos contribuir ainda mais a com exploração com base no pré-sal.

IN: De que maneira o ingresso da companhia no mercado de petróleo e gás pode impulsionar nos ganhos da Caterpillar?

Luiz Carlos Calil: Sem dúvida, os setores de energia e mineração são fortes. Aqui no Brasil, temos muito a ser explorado. Nos últimos 10 anos, a Caterpillar tem focado muito no desenvolvimento de equipamentos para contribuir na exploração de mineração e para exploração de energia.

IN: De que forma o projeto deve impulsionar a economia paulista?

Luiz Carlos Calil: A grande concentração dos nossos negócios está concentrado no estado de Sâo Paulo. Originalmente somos de São Paulo, expandimos nossos negócios no bairro de Santo Amaro a partir de 1954. Viemos a Piracicaba devido a um crescimento substancial e não era viável seguir expandindo só em São Paulo. No Estado do Paraná, vimos uma oportunidade através da aquisição de uma empresa pronta. Também estamos investindo no setor de locomotivas em Sete Lagoas (MG). Estamos adotando um perfil mais global. Porém, São Paulo, até pelo que a cidade proporciona em termos de infraestrutura e de abastecimento, de uma cadeia de fornecedores muito completa, por tudo isso a concentração mantém-se em São Paulo.

IN: A aprovação do projeto aglomerado urbano de Piracicaba vai beneficiar a companhia? Como?

Luiz Carlos Calil: Vai proporcionar uma maior sinergia entre as cidades da região e vai haver uma integração pelas necessidades comuns. O porte de industrialização aqui é muito grande e era necessário, será preciso investir em infraestrutura. Eu diria que em quase todas as obras da região nossa marca está presente em toda a infraestrutura, assim como todo o estado de São Paulo já faz.

IN: Como se explicam os altos índices de exportação da Caterpillar?

Luiz Carlos Calil: Se devem a despeito das dificuldades até reconhecido pelo nosso ministro da fazenda Guido Mantega, que tem procurado manter o câmbio numa condição que permita que as empresas continuem exportando. Mas o câmbio tem nos afetado muito nos últimos anos.  Nos últimos anos, a Caterpillar tem demonstrado interesse em aplicar novos conhecimentos. O governo tem que aprender a controlar o câmbio, realizar o corte de gastos. E nós por outro lado, também temos um outro papel, o de sermos cada vez mais eficientes. Além disso, é muito bem vindo o investimento de R$ 3 trilhões em projetos de infraestrutura. Nós estamos fazendo nossa lição de casa, melhorando a nossa eficiência, de trabalhar com a nossa base de fornecedores, tornando- a mais competitiva. Fazemos as mesmas melhorias que realizamos internamente. Competitividade não pode ser feita só em uma fábrica, tem que ser em toda a cadeia. Por isso, hoje em dia, exportamos mais, mesmo que sframos algumas dificuldades com alguns produtos. É um trabalho que tem que ser feito. É uma combinação de governo, nós estamos fazendo a nossa parte, sendo bem sucedidos mantendo nosso grau de exportação em um bom nível.

 

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