O número foi pior do que a expectativa de dez analistas consultados pela Facset, que esperavam recuo de 28% nos ganhos, na comparação anual.

As vendas líquidas caíram 16%, ante o mesmo trimestre do ano passado, para 29,21 bilhões de coroas suecas. A margem operacional foi de 10,1%, abaixo da marca de 14,4% no mesmo intervalo de 2011.

O resultado representa mais um sinal das dificuldades de demanda enfrentadas pelas montadoras diante da crise europeia.

Cerca de metade da receita da Scania é gerada no continente. As encomendas na região mostraram melhora em relação aos primeiros três meses do ano, mas continuaram baixas no trimestre, com queda de 20% na comparação anual, principalmente pela piora em países nórdicos, França e Itália.

O mercado para caminhões pesados em 25 países da União Europeia, além da Noruega e Suíça, caiu 6%, para 114,9 mil unidades no primeiro semestre de 2012.

O total de pedidos caiu 14%, para 19,5 mil unidades entre abril e junho. As entregas somaram 15,79 mil unidades, 26% abaixo dos 21,23 mil veículos enviados aos compradores no mesmo período de 2011.

Na América Latina, que concentra 24% das vendas mundiais da montadora, a demanda caiu, principalmente, devido à transição no Brasil para os veículos com padrão Euro 5, de menor emissão de poluentes.

As entregas foram de 2,8 mil unidades, queda de 42% na comparação anual. Ante o trimestre anterior, a baixa foi de 25%. “No Brasil, [...] a demanda esteve em nível inferior aos fortes anos de 2010 e 2011”, disse a empresa em nota.