O diretor-financeiro da LLX, Eugênio Figueiredo, disse que a empresa ajustou os gastos com investimento do projeto da LLX Açu de R$ 2,8 bilhões para R$ 3 bilhões. Segundo ele, a mudança se relaciona com um “ajuste nas expectativas” do projeto uma vez que determinados serviços que estavam previstos não ocorreram e foram reprogramados ao longo do tempo. Com essa mudança, alguns custos, como mão de obra, sobem.

O projeto da LLX Açu contempla obras para estruturar no porto do Açu, no norte fluminense, um complexo industrial com empresas diferentes setores. Desde o início do projeto, em 2007, até setembro deste ano, foram investidos na LLX Açu R$ 1,31 bilhão.

Se for considerado o investimento total no Superporto do Açu, nome dado ao projeto da LLX, a cifra chega a R$ 4 bilhões e considera, inclusive, a construção no local de um estaleiro pela OSX, outra das empresas do grupo EBX. Desses R$ 4 bilhões, R$ 3 bilhões correspondem ao projeto da LLX Açu e R$ 974 milhões ao projeto da LLX Minas-Rio, voltado para a movimentação de minério de ferro.

Pacote

A LLX, empresa de logística do grupo EBX, avalia que o pacote de infraestrutura para ferrovias e rodovias lançado pelo governo em agosto permitirá ao Porto do Açu ter acesso à região produtora de grãos no Centro-Oeste.

A LLX acredita que o pacote permitirá desenvolver projetos ferroviários de interesse da empresa. A companhia destaca dois trechos que poderão beneficiar o porto do Açu. O primeiro liga o Rio de Janeiro a Vitória, passando por Campos dos Goytacazes (RJ), e conta com um ramal que ligará a ferrovia ao Açu. O segundo trecho é uma nova rota que ligará o Centro-Oeste do Brasil ao Açu.

A LLX vem negociando há algum tempo com o governo e com a Vale, concessionária de uma ferrovia que passa próxima ao Açu, a revitalização dessa linha. A linha está inoperante e pertence à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela Vale.