Obras do Petrobras que foram suspensas após divulgação de relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) que indicavam irregularidades no andamento dos projetos tiveram as verbas liberadas nesta quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o TCU, as obras nas refinarias de Abreu e Lima (Pernambuco), Presidente Vargas (Paraná), Barra do Riacho (Espírito Santo) e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, apresentaram indícios de superfaturamento, restrições a competitividade nas licitações e deficiências no projetos básicos. Os repasses e convênios estavam interrompidos até que as falhas fossem consertadas.

Lula incluiu os projetos no Orçamento da União. A alegação do governo federal é que a paralisação dos trabalhos causaria uma perda de pelo menos 25 mil empregos.

"O presidente acatou um pedido feito pelos governadores, representantes dos trabalhadores do setor de petróleo, empresários das indústrias de base e pelo comitê de obras irregulares da Câmara", justificou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Os deputados de oposição pretendem reagir ao veto presidencial à suspensão das verbas no próximo dia 2 de fevereiro, quando o Congresso volta do recesso legislativo.

"Ao invés de corrigir os problemas, o presidente fecha os olhos diante dessas irregularidades", criticou o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), líder do bloco de oposição.