Mercado
Paraíba Agora
10/03/2010 15h07 | Atualizada em 10/03/2010 18h09
De olho no crescimento do setor da construção civil, sobretudo no Nordeste, a Lafarge acaba de adquirir ativos cimenteiros que pertenciam à Votorantim na Paraíba (Cipasa), na Bahia (estação de moagem de Aratu) e em Goiás (estação de moagem de Cocalzinho). Silva disse que as expectativas da empresa com o mercado de cimento são as melhores possíveis.
As operações que a Cipasa mantém no Porto do Recife, como armazenamento de coque de petróleo e exportação de clínquer e cimento a granel, continuam com a Votorantim. A Lafarge ainda não definiu como ficará sua movimentação portuária.
A aquisição dos ativos é resultado da venda de uma participação de 17,28% da Lafarge no grupo português Cimpor, efetivada em fevereiro deste ano.
...De olho no crescimento do setor da construção civil, sobretudo no Nordeste, a Lafarge acaba de adquirir ativos cimenteiros que pertenciam à Votorantim na Paraíba (Cipasa), na Bahia (estação de moagem de Aratu) e em Goiás (estação de moagem de Cocalzinho). Silva disse que as expectativas da empresa com o mercado de cimento são as melhores possíveis.
As operações que a Cipasa mantém no Porto do Recife, como armazenamento de coque de petróleo e exportação de clínquer e cimento a granel, continuam com a Votorantim. A Lafarge ainda não definiu como ficará sua movimentação portuária.
A aquisição dos ativos é resultado da venda de uma participação de 17,28% da Lafarge no grupo português Cimpor, efetivada em fevereiro deste ano. Juntamente com as fábricas, a Lafarge está levando três centros de distribuição (Recife, Cabo de Santo Agostinho e Natal). Também foram assinados contratos de longo prazo para fornecimento de escória no Rio de Janeiro e de clínquer para as estações de moagem.
Procurada pela reportagem, a Votorantim Cimentos não se pronunciou. Informouapenas que as unidades estão em processo de transição. Os ativos passarão a ser operados pela Lafarge em julho. Os funcionários, 297 no total, também serão transferidos para o novo grupo.
A Lafarge é francesa, está há 175 anos no mercado e é líder em materiais de construção (cimento, concreto, agregados e gesso). Com presença em 79 países e 84 mil funcionários, faturou 15,9 bilhões de euros em 2009. No Brasil, onde atua desde 1959, a Lafarge tem 1,2 mil empregados e unidades industriais nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco, onde mantém duas distribuidoras, uma usina de painéis em Petrolina e outra de gesso em Araripina, no Sertão.
Com a aquisição dos ativos da Votorantim, a Lafarge passa a integrar o seleto grupo das três maiores empresas de cimento do país, com 6 milhões de toneladas. Um mercado que cresce em média 5% ao ano. "Nossas expectativas são as melhores possíveis. O Brasil vem mostrando um crescimento bastante sustentável", comenta o diretor de Marketing, Comercial e Logística da Lafarge Cimento, Rogério Silva, citando eventos como a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016, e programas como o PAC e o Minha casa, minha vida, como animadores desse mercado.
Segundo o executivo, a Cipasa produziu, em 2009, 1,2 milhão de toneladas, mas tem capacidade para 1,5 milhão. "Nosso objetivo é chegar a 1,5 milhão já em 2010. Acreditamos que esse aumento de mais de 20% será suficiente para acompanhar o mercado do Nordeste em 2010 e talvez em 2011", disse, descartando investir nessa unidade no curto ou médio prazo.
A empresa, que comercializa as marcas de cimento Mauá, Campeão e Montes Claros, prevê investir R$ 60 milhões este ano no Brasil em projetos de melhorias de produtividade de suas cinco unidades de cimento já existentes - Arcos, Matozinhos, Montes Claros e Santa Luzia, em Minas Gerais; e Cantagalo, no Rio de Janeiro. Em 2009, essas unidades produziram 3,5 milhões de toneladas.
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