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16/12/2009 09h14 | Atualizada em 16/12/2009 11h16
O Brasil precisa ampliar os investimentos em infraestrutura a uma taxa média anual de 10% nos próximos anos, disse hoje o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy.
A estimativa leva em conta, entre os principais fatores, os recursos que serão demandados pela exploração de petróleo na camada pré-sal e os desafios lançados a partir da escolha do país para a realização de dois grandes eventos esportivos: a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
O grande problema é que o Brasil ainda não dispõe de funding interno suficiente para financiar todos os projetos necessários para os próximos anos, disse Godoy, durante o seminári
O Brasil precisa ampliar os investimentos em infraestrutura a uma taxa média anual de 10% nos próximos anos, disse hoje o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy.
A estimativa leva em conta, entre os principais fatores, os recursos que serão demandados pela exploração de petróleo na camada pré-sal e os desafios lançados a partir da escolha do país para a realização de dois grandes eventos esportivos: a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
O grande problema é que o Brasil ainda não dispõe de funding interno suficiente para financiar todos os projetos necessários para os próximos anos, disse Godoy, durante o seminário " Perspectivas para o investimento no Brasil: indústria, infraestrutura e economia do conhecimento " , organizado pelo Valor Econômico, com apoio do BNDES e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"O Brasil precisará investir R$ 160 bilhões por ano, mas não temos uma poupança interna para financiar esse investimento", disse o executivo em apresentação aos participantes do evento.
Apesar disso, as perspectivas para os próximos anos são positivas. Após superar as restrições de crédito verificadas neste ano, o setor de infraestrutura deverá retomar uma "escalada de investimentos" a partir de 2010. Em 2009, os investimentos do setor devem ficar em R$ 105 bilhões, mas esse montante poderá alcançar a desejável marca de R$ 160 bilhões até 2014, afirmou Godoy em intervalo do evento.
A volta da pujança do mercado de capitais e a recuperação gradual da oferta de crédito permitem uma visão mais favorável do futuro. O executivo ainda elogiou a possibilidade de os bancos emitirem novas letras financeiras a partir de 2010, algo que permitirá ao sistema financeiro fazer captações de longo prazo. " Isso vai ajudar a capitalizar os projetos e as empresas " , comentou.
Mesmo assim, Godoy defendeu a necessidade de novos mecanismos de captação de recursos para " engordar " a disponibilidade interna de capital. Uma das possibilidades citadas é o fortalecimento do mercado secundário de debêntures, algo importante para reforçar a liquidez desses papéis e que está na pauta do BNDES e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Ele apontou ainda a criação de fundos especializados em infraestrutura como outra alternativa.
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