Mercado
Folha de São Paulo
27/01/2014 17h04
Uma fábrica de transformação de plástico da Odebrecht deve ser a primeira empresa instalada na zona econômica especial do porto de Mariel, em Cuba, aposta do governo para "atualizar" o modelo socialista da ilha. A primeira fase do porto está sendo inaugurada este mês, com a presença da presidenta Dilma Roussef durante a cúpula da Celac, organização de todos os países das América menos EUA e Canadá.
O porto de Mariel (45 km de Havana) está sendo construído pela Odebrecht com um investimento de US$ 957 milhões, sendo US$ 682 milhões financiados pelo BNDES. A Odebrecht confirmou à Folha que realiza "estudos de viabilidade técnica e econômica para criar uma empresa na área de transformação de plásticos" em Mariel.
A zona econ
...Uma fábrica de transformação de plástico da Odebrecht deve ser a primeira empresa instalada na zona econômica especial do porto de Mariel, em Cuba, aposta do governo para "atualizar" o modelo socialista da ilha. A primeira fase do porto está sendo inaugurada este mês, com a presença da presidenta Dilma Roussef durante a cúpula da Celac, organização de todos os países das América menos EUA e Canadá.
O porto de Mariel (45 km de Havana) está sendo construído pela Odebrecht com um investimento de US$ 957 milhões, sendo US$ 682 milhões financiados pelo BNDES. A Odebrecht confirmou à Folha que realiza "estudos de viabilidade técnica e econômica para criar uma empresa na área de transformação de plásticos" em Mariel.
A zona econômica é a grande aposta do governo da ilha para atrair investimentos. Entre as condições está a isenção de impostos por dez anos. Como forma de demonstrar apoio às aberturas econômicas promovidas pelo governo de Raúl Castro, o governo brasileiro pensou em reunir um grupo de empresários para acompanhar a inauguração e, possivelmente, anunciar algum contrato firme de investimento na zona especial.
Mas ainda há certa resistência por parte dos empresários para se instalarem ali. Um dos obstáculos é a estrutura de capital --o governo cubano exige ter o controle, deter 51% do capital. Isso dificulta a obtenção de financiamento brasileiro. A Fanavid, empresa de vidros que anunciou há alguns anos interesse em se instalar em Mariel, pôs seus planos em banho-maria por isso.
Outro entrave é o esquema de contratação de mão de obra, que se dá através de uma estatal que repassa apenas parte do pagamento para os funcionários cubanos.
Dentro do governo brasileiro, há a aposta de que Havana irá flexibilizar de forma significativa a exigência de que o governo cubano tenha pelo menos 51% do capital das empresas, mudança que já está prevista no decreto da zona especial de Mariel.
O ministro de Investimentos Estrangeiros, Rodrigo Malmierca, fez um "Road show" no Brasil em novembro e foi à China, à Rússia e ao Vietnã na tentativa de atrair empresas para Mariel.
O Brasil quer se posicionar de forma vantajosa para o processo de abertura econômica da ilha. Já a Odebrecht, além do porto, tem dois outros grandes projetos na ilha, ambos aguardando aprovação do BNDES: ampliação do aeroporto de Havana (US$ 200 milhões) e parceria para produzir etanol (US$ 120 milhões).
27 de agosto 2020
02 de julho 2020
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade