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Internet das coisas já está nos planos da academia

Primeiras especializações voltadas para manejo de tecnologia emergente começam a surgir; objetos conectados devem passar os 20 bilhões até 2020

DCI Gerais: centro é um dos pioneiros em pós na área

12/01/2017 00h00


Considerada o motor da 'próxima revolução industrial', a internet das coisas (ou simplesmente IoT, do inglês internet of things) já começou a ser assimilada pelo circuito acadêmico. Em 2017, o primeiro curso nacional de pós-graduação exclusivo para a área será lançado.

O responsável pela iniciativa é o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), especializado na formação profissional para o setor de telecom. "É inovador porque já existem muitos assuntos ligados à IoT espalhados enquanto disciplinas em outros cursos. Já agregados em um só curso é a primeira vez", explica o professor coordenador da especialização, Estevan Lopes. Com previsão do início para março, a pós-graduação terá uma primeira turma com 40 alunos - sobretud

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Considerada o motor da 'próxima revolução industrial', a internet das coisas (ou simplesmente IoT, do inglês internet of things) já começou a ser assimilada pelo circuito acadêmico. Em 2017, o primeiro curso nacional de pós-graduação exclusivo para a área será lançado.

O responsável pela iniciativa é o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), especializado na formação profissional para o setor de telecom. "É inovador porque já existem muitos assuntos ligados à IoT espalhados enquanto disciplinas em outros cursos. Já agregados em um só curso é a primeira vez", explica o professor coordenador da especialização, Estevan Lopes. Com previsão do início para março, a pós-graduação terá uma primeira turma com 40 alunos - sobretudo profissionais de TI e engenheiros. As aulas serão ministradas na sede do Inatel em São Paulo (SP).

A tendência é que o leque de cursos voltados para a área se multipliquem a medida que o número de objetos conectados à rede cresça. Em 2016, de acordo com a consultoria especializada Gartner, cerca de 6,3 bilhões de dispositivos - entre equipamentos industriais, carros inteligentes, vestíveis e até mesmo eletrodomésticos - já tinham tal capacidade, contra 4,9 bilhões em 2015; a previsão é que o número salte para 20,7 bilhões até 2020. A Ericsson, por sua vez, vai além: a estimativa da fornecedora de equipamentos prevê 28 bilhões de objetos na rede até 2021.

Tais mudanças devem impactar e muito a dinâmica de trabalho dos profissionais de TI e telecom, uma vez que, ainda de acordo com a Gartner, 59% das empresas não se sentem preparadas para a nova onda de inovações. "A parte de formação e educação em IoT é algo que todo mundo quer entender", avalia o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e membro-sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas Eletrônicos (IEEE), Paulo Miyagi.

De acordo com Miyagi, o desenvolvimento da educação formal em torno da nova área ainda é algo "modesto", liderado pela ação de instituições de ensino privadas - mais conectadas à demanda de mercado -, enquanto entidades públicas ainda encaram o assunto com certa cautela. Mesmo assim, algumas iniciativas isoladas já se destacam: o Programa de Educação Continuada (PECE) da Poli-USP, por exemplo, está com inscrições abertas para um MBA cujas aulas devem começar no mês de fevereiro. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) é outra instituição que deve oferecer cursos da mesma natureza em breve. Outro stakeholder que poderia estar liderando o processo, a indústria nacional, por sua vez, poderia estar contribuindo mais com a formação dos profissionais na nova área, avalia Paulo Miyagi.

"Sociedades técnicas como o IEEE costumam ajudar. Lá fora, 80% os membros [de entidades do gênero] são gente que atua nas empresas. Mesmo concorrentes, elas quebram a barreira da competição para resolver problemas comuns. No Brasil até temos embriões nessa direção, mas 90% são professores universitários, enquanto os sindicatos do pessoal da indústria ficam mais preocupados em discutir benefícios fiscais", afirma o professor, que é especializado em manufatura avançada.

Estevan Lopes, do Inatel, lembra que, enquanto isso, a contratação de módulos dos cursos oferecidos pelo Inatel é uma saída para as empresas qualificarem profissionais. "Uma empresa de telecom, por exemplo, pode fazer uma parceria para a oferta do curso, como já acontece no nosso curso de Redes". Além da pós em IoT, o Inatel prepara um MBA de Gestão Empresarial em Ambiente Tecnológico. "Ele está previsto para abril e deve juntar aspectos da estão empresarial clássica acrescentando tecnologias e aspectos da inovação que agora são muito importantes para o gestor", explica o professor do Inatel coordenador da especialização, André Abbade.

 

 

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