Mercado
O Estado de S. Paulo
23/09/2013 00h18 | Atualizada em 24/09/2013 03h21
Enquanto se abrem as licitações para rodovias e surgem interessados - aquém do esperado - no megacampo de petróleo de Libra, as empresas da construção civil parecem pouco otimistas com o setor de infraestrutura, segundo a Sondagem Indústria da Construção, de agosto, divulgada quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). É mais uma prova de que a retomada da economia, caso se confirme, será lenta.
Outros indicadores de atividade divulgados nos últimos dias apontaram para a discrepância de comportamento entre os vários setores econômicos: por exemplo, enquanto a CNI registra melhores expectativas para a produção industrial, a FGV indica queda da confiança. O nível de utilização da capacidade caiu. Houve aumento de es
...Enquanto se abrem as licitações para rodovias e surgem interessados - aquém do esperado - no megacampo de petróleo de Libra, as empresas da construção civil parecem pouco otimistas com o setor de infraestrutura, segundo a Sondagem Indústria da Construção, de agosto, divulgada quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). É mais uma prova de que a retomada da economia, caso se confirme, será lenta.
Outros indicadores de atividade divulgados nos últimos dias apontaram para a discrepância de comportamento entre os vários setores econômicos: por exemplo, enquanto a CNI registra melhores expectativas para a produção industrial, a FGV indica queda da confiança. O nível de utilização da capacidade caiu. Houve aumento de estoques. E alta do consumo de energia e da produção de aço bruto.
A pesquisa da construção civil, feita com 513 companhias entre os dias 2 e 12 deste mês, confirma que a volatilidade do ritmo de atividade e a incerteza quanto ao futuro são generalizadas. A evolução do nível de atividade registrou 43,5 pontos - abaixo da linha divisória de 50 pontos, acima da qual o indicador é positivo.
Houve apenas queda menor em relação a julho, de 0,7 ponto porcentual. O baixo nível de atividade afetou mais pequenas e médias do que grandes empresas. O uso de capacidade reduziu-se de 70%, em julho, para 69%, em agosto. E a maioria das empresas reduz a mão de obra.
O mais revelador, entre os problemas presentes, são as respostas relativas à infraestrutura: tanto o nível de atividade como o ritmo da atividade em relação ao usual e o número de empregados caíram entre julho e agosto. O mesmo se deu com relação às expectativas: estáveis nos últimos dois meses quanto ao nível de atividade e declinantes no tocante aos novos empreendimentos e serviços, ao número de empregados e às compras de insumos e matérias-primas. Ou seja, justamente quando o governo federal quer iniciar uma temporada de investimentos, as empresas especializadas em obras públicas preveem uma situação pior.
Mais estáveis são os dados relativos à construção de edifícios e de serviços especializados, mostrando que a oferta maciça de crédito, inclusive para a habitação social, evita a queda mais acentuada da atividade.
A construção civil tem forte peso na formação de investimento e na contratação de mão de obra. Os dados da CNI indicam que a contribuição do setor para o PIB, neste ano, poderá ser insatisfatória.
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