Mercado
03/12/2009 10h50 | Atualizada em 03/12/2009 13h47
A demanda por embarcações de grande porte – em especial, as destinadas à exploração de petróleo na área do pré-sal – promete alavancar a indústria de construção de navios, sondas e plataformas no País. A Bahia já está inserida neste movimento: duas plataformas de perfuração de petróleo estão sendo construídas pela iniciativa privada, um estaleiro encontra-se em fase de projeto e o Estado ainda planeja criar uma nova área para a construção de módulos – equipamentos usados nas plataformas de petróleo. Juntos, estes projetos somam investimentos da ordem de R$ 1,7 bilhão e a geração de empregos que pode ultrapassar dez mil postos de trabalho.
Só
...A demanda por embarcações de grande porte – em especial, as destinadas à exploração de petróleo na área do pré-sal – promete alavancar a indústria de construção de navios, sondas e plataformas no País. A Bahia já está inserida neste movimento: duas plataformas de perfuração de petróleo estão sendo construídas pela iniciativa privada, um estaleiro encontra-se em fase de projeto e o Estado ainda planeja criar uma nova área para a construção de módulos – equipamentos usados nas plataformas de petróleo. Juntos, estes projetos somam investimentos da ordem de R$ 1,7 bilhão e a geração de empregos que pode ultrapassar dez mil postos de trabalho.
Só as plataformas P-59 e P-60 representam R$ 1,2 bilhão e já empregam 1,5 mil profissionais – até julho do próximo ano a obra deve ter mais mil profissionais, devido à chegada do pico na sua construção. Até agora, a mão-de-obra contratada é, em grande parte, da região de Maragojipe e municípios próximos (56%). Cerca de 29% são de outros locais da Bahia e o restante, de outros estados. “A maioria dos cargos é de soldador, caldeireiro, lixador, encanador e maçariqueiro. Esses profissionais são recrutados aqui na região e treinados por nós”, explica Paulo Célio Aparecido, gerente de sítio das obras.
As duas plataformas estão sendo desenvolvidas pelo Consórcio Rio Paraguaçu (formado pelas construtoras Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia), no canteiro de São Roque do Paraguaçu. Pertencente à Petrobras, o local fica no município de Maragojipe (a 130 km de Salvador) e ocupa uma área de 400 mil metros quadrados destinada à construção de estruturas utilizadas pela indústria petrolífera nacional.
O consórcio foi contratado em setembro do ano passado e prevê que uma das plataformas (a P-59) fique pronta em junho de 2011 e a outra, em outubro. O contrato prevê ainda a possibilidade de construção de uma terceira plataforma, mas a Petrobras ainda não sinalizou essa necessidade.
Estaleiro - A Bahia também se prepara para disputar uma concorrência da Petrobras pela construção de sondas de perfuração. Para isso, as construtoras OAS e Odebrecht preparam o projeto de um estaleiro a ser instalado em Maragojipe.
As empresas até já solicitaram financiamento ao Fundo de Marinha Mercante. Apesar de os pedidos terem sido feitos separadamente, as duas devem se unir em torno de um único projeto, em parceria com a UCT Engenharia.
A área foi escolhida por estar em águas protegidas. “Decidimos pela Bahia porque o Estado reúne tradição na área naval, boas condições geográficas e mão-de-obra qualificada”, explica Fernando Barbosa, diretor da Odebrecht para o mercado de offshore.
O estaleiro, no entanto, só deverá sair do papel caso seja aprovado o projeto baiano. “Formamos um grupo que está trabalhando no sentido de viabilizar uma proposta para a Petrobras. Vamos participar da concorrência, custeando o estaleiro e a construção das unidades. Será um processo competitivo e ganhar esta concorrência será um fator motivador”, afirma Fernando Barbosa, da Odebrecht.
Na estimativa da Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária (Seinp), o investimento para um equipamento desses gira entre US$ 300 milhões e US$ 900 milhões, com o potencial de gerar de 5 a 10 mil empregos.
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