Assessoria de Imprensa
03/06/2024 14h23 | Atualizada em 06/06/2024 08h32
*Por Rafael Brizot
Uma pesquisa da PwC e Ibracon mostra que 91% das empresas do Ibovespa apresentaram relatórios com resultados de ESG em 2023. Esse é o maior número já registrado pela pesquisa, com aumento crescente nos últimos anos. Estamos vivendo uma época pautada pela busca das boas práticas do ESG em muitas frentes do mercado, e na construção civil não é diferente, apesar de o setor possuir desafios únicos.
Esses dados apenas endossam o cenário de busca por soluções cada vez mais sustentáveis na indústria e no mercado em geral. Foi isso que vimos pessoalmente em visita recente feita a g
...*Por Rafael Brizot
Uma pesquisa da PwC e Ibracon mostra que 91% das empresas do Ibovespa apresentaram relatórios com resultados de ESG em 2023. Esse é o maior número já registrado pela pesquisa, com aumento crescente nos últimos anos. Estamos vivendo uma época pautada pela busca das boas práticas do ESG em muitas frentes do mercado, e na construção civil não é diferente, apesar de o setor possuir desafios únicos.
Esses dados apenas endossam o cenário de busca por soluções cada vez mais sustentáveis na indústria e no mercado em geral. Foi isso que vimos pessoalmente em visita recente feita a grandes companhias que são referência global na construção civil na Alemanha e Suíça.
De forma geral, por lá as empresas estão desenvolvendo políticas mais sustentáveis, promovendo diversidade, inclusão e aumentando a transparência nas operações. O grande desafio do setor é implementar práticas para redução das emissões de CO2, e já vemos avanços em várias frentes quando se trata desta redução. Claro que é natural que um processo novo tenha barreiras culturais, mas nosso desafio é ser o mais sustentável possível agregando valor à cadeia e contribuindo para o meio ambiente.
Na Alemanha, visitamos uma empresa de concreto que possui estrutura para carga de bicicletas, carros e caminhões movidos a energia elétrica. Essa prática, além de mudar a matriz energética na fábrica, incentiva os funcionários a mudarem também o seu meio de transporte, contribuindo para a redução de CO2.
O potencial dessas tecnologias em melhorar a eficiência e a sustentabilidade na construção civil no Brasil é muito grande. A indústria química está se esforçando bastante para desenvolver produtos e soluções que reutilizam resíduos para transformar em matéria prima de concreto.
Na Suíça já temos empresas que desenvolvem um sistema para reaproveitar 100% de todo o resíduo de concreto produzido. É feita uma separação de tudo que há no concreto – areia, brita, cimento – e depois é transformado em um novo concreto, com qualidade igual ou superior ao produto anterior. Uma outra empresa que visitamos utiliza impressoras 3D com concreto e argamassa, capazes de produzir moradias.
Essas trocas com empresas de outros países são fundamentais para conhecermos outros processos e obter conhecimento sobre as melhores práticas. É algo que acelera o desenvolvimento em todas as áreas. Assim, entendemos como o Brasil está posicionado no mercado entre tantos outros países, que têm muito a contribuir com os nossos processos. As empresas brasileiras precisam estar atentas a essas inovações e reforçar parcerias internacionais para trazer as soluções ao país.
*Por Rafael Brizot, diretor de operações da Max Mohr, especializada em tecnologia em argamassa e concreto
18 de dezembro 2024
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