Cresce no Brasil o interesse por edifícios com certificações que atestam as preocupações de sustentabilidade na construção. Atualmente existem 67 edifícios já certificados com o Green Building no país. Além disso, há também 600 outros projetos para obtenção dessa certificação registrados. Há ainda 80 outros edifícios com a certificação AQUA – Alta Qualidade Ambiental, criada pela Fundação Vanzolini. “Existe hoje uma série de fatores que induzem a busca pelas certificações”, afirmou Anderson Benite, diretor técnico da unidade de Sustentabilidade do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações, durante palestra no III Sobratema Fórum Brasil Infraestrutura – Tecnologia e Inovação, realizado em São Paulo nesta terça-feira (30).

Segundo Benite, os edifícios com certificações Green Building permitem redução de custos operacionais como de água e energia; bem estar e conforto para os usuários; grande aceitação do público; maior receptividade dos órgãos públicos; possibilidade de maior intervalo de tempo entre reformas ou processos de retrofit; e maior aceitação da mídia. Para o palestrante, atualmente 41% das demandas por certificações Green Building são oriundas de empresas privadas, 30% de governos e 17% de ONGs.

Já outro palestrante do III Sobratema Fórum, José Joaquim do Amaral Ferreira, diretor de Certificação da Fundação Vanzolini salientou que inovação é fundamental também no processo de obtenção de certificação de sustentabilidade em processos construtivos. “E todos nós temos de entender que sustentabilidade não é apenas ambiental. Ela tem de ser acompanhada por sustentabilidade social, econômica e também institucional”, observa Ferreira.

No entender do palestrante, o desafio de conciliar a meta de crescimento com sustentabilidade ambiental e social passa necessariamente por educação. “Mas a educação deve ser acompanhada de inovação tecnológica, ou seja, fazer mais e melhor amanhã do que fizemos hoje”, disse ele. Ferreira observa ainda que não adianta fazer um projeto ambientalmente sustentável se ele não conseguir também ser economicamente viável.

No período da tarde, o professor e consultor em gestão empresarial Waldez Ludwig ministra a primeira palestra, abordando a área de gestão e ressaltando quais são os principais fatores de competitividade em uma empresa, seguindo pelo pesquisador do Instituto de Pesquisas Técnicas do Estado de São Paulo (IPT) Ercio Thomaz, que leva informações sobre novas tecnologias em materiais e processos na construção civil. O diretor do departamento das Indústrias Intensivas em Mão de Obra e Recursos Naturais do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marco Otávio Prates, profere a terceira palestrante, mostrando como a inovação pode contribuir para aumentar a competitividade na cadeia da construção. Na sequência, o ex-ministro da Fazenda e consultor na Tendências Consultoria Mailson da Nóbrega fala sobre as perspectivas da economia brasileira.

Paralelamente ao III Sobratema Fórum Brasil Infraestrutura acontece uma exposição das empresas apoiadoras do evento: Caterpillar, BMC, Case Construction, Doosan, Gascom, John Deere, New Holland, Rodobens, LBX, Liebherr, Scania e Volvo.