Assessoria de Imprensa
01/10/2024 09h14 | Atualizada em 02/10/2024 13h20
O Brasil tem potencial para aumentar sua capacidade de geração de energia a partir de hidrelétricas em 86,4 GW (gigawatts). Trata-se de um ganho de 79% ante a potência instalada atual, de 109 GW. A projeção é da Abrage (Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica)
Esse potencial inclui a ampliação e modernização das centrais hidrelétricas atuais, além da viabilização ambiental de novas construções que estão em estudo e da adoção do modelo de usinas reversíveis no país. Só com o aprimoramento das geradoras existentes, seria poss&ia
...O Brasil tem potencial para aumentar sua capacidade de geração de energia a partir de hidrelétricas em 86,4 GW (gigawatts). Trata-se de um ganho de 79% ante a potência instalada atual, de 109 GW. A projeção é da Abrage (Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica)
Esse potencial inclui a ampliação e modernização das centrais hidrelétricas atuais, além da viabilização ambiental de novas construções que estão em estudo e da adoção do modelo de usinas reversíveis no país. Só com o aprimoramento das geradoras existentes, seria possível uma adição de 18,4 GW de capacidade.
Projeção de incremento de capacidade por atividade:
7,4 GW – investimento em 12 usinas para adicionar novas turbinas em espaços físicos já existentes e na ampliação de outras 2 hidrelétricas, como para aumentar as casas de força;
11 GW – repotenciação de usinas existentes, ou seja, investimentos para modernizar turbinas antigas e ampliar a potência de hidrelétricas prontas;
30 GW – com a viabilização de projetos de construção de 42 novas hidrelétricas em estudo, que aguardam licenciamento ambiental prévio;
38 GW – adoção de usinas reversíveis no país, seja em hidrelétricas existentes ou novas. Funcionam como baterias naturais, com maior capacidade de armazenamento de água. Pelo modelo, há 2 reservatórios, um superior e outro inferior, conectados e geralmente menores que uma usina tradicional no Brasil.
As projeções consideram apenas as UHEs (Usinas Hidrelétricas), ou seja, as usinas de grande porte.
De acordo com a diretora-presidente da Abrage, Marisete Dadald Pereira, o uso desse potencial ajudaria a dar confiabilidade ao sistema elétrico no futuro em episódios de seca como o atual.
No caso dos 7,4 GW que podem ser adicionados com investimentos em 14 usinas, Marisete explica que são projetos que podem competir no próximo LRCAP (Leilão de Reserva de Capacidade na forma de Potência).
O certame, que deve ocorrer até o início de 2025, contrata a potência de usinas que ficam como back-up do sistema, sendo acionadas nas horas de maior pico de demanda.
O leilão terá, pela 1ª vez, a contratação de hidrelétricas. Em 2021, o LRCAP só contratou térmicas.
Segundo Marisete, as usinas hídricas são confiáveis para essa entrega de potência mesmo durante a seca, uma vez que ainda são as que mais seguram o fornecimento nos horários de pico – juntamente com as termelétricas.
As hidrelétricas, que são usinas de energia renovável, vêm perdendo espaço na matriz elétrica brasileira para outras fontes renováveis, sobretudo a eólica e a solar.
No entanto, essas novas tecnologias são intermitentes, instáveis e só geram em alguns horários. As hidrelétricas, por outro lado, têm uma geração firme, sobretudo aquelas com grandes reservatórios, que ficam menos suscetíveis a grandes secas como a atual.
Para o futuro, a Abrage vê espaço para os projetos de repotenciação também participarem dos leilões de potência. Já para as usinas reversíveis, a entidade defende que o leilão de armazenamento, que vem sendo estudado pelo governo, inclua as hidrelétricas reversíveis além das baterias químicas acopladas a fontes intermitentes.
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