MERCADO
Folha de S. Paulo
11/07/2019 11h00
Na reta final para a aprovação da reforma da Previdência, governo e congressistas negociaram destravar obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, com valor entre R$ 500 mil e R$ 10 milhões.
Esses empreendimentos estavam parados ao menos desde dezembro de 2018 – prazo final para o término das obras. Para concluí-las, será editada portaria que estenderá o limite até junho de 2020, ano de eleições municipais.
A medida ajuda a agregar capital político a prefeitos e congressistas, especialmente porque há obras em redutos eleitorais. Segundo o governo, não haverá impacto orça
...Na reta final para a aprovação da reforma da Previdência, governo e congressistas negociaram destravar obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, com valor entre R$ 500 mil e R$ 10 milhões.
Esses empreendimentos estavam parados ao menos desde dezembro de 2018 – prazo final para o término das obras. Para concluí-las, será editada portaria que estenderá o limite até junho de 2020, ano de eleições municipais.
A medida ajuda a agregar capital político a prefeitos e congressistas, especialmente porque há obras em redutos eleitorais. Segundo o governo, não haverá impacto orçamentário, já que os recursos já estavam disponíveis.
Serão retomados ao menos 241 empreendimentos de um total de 568, entre creches, quadras esportivas, postos de saúde e obras de saneamento e turismo.
Construções em estágio avançado terão os recursos liberados e precisarão ser retomadas em até três meses.
Quando um empreendimento deixa de ser finalizado, estados e municípios, que enfrentam dificuldades financeiras, têm de devolver o dinheiro injetado pelo governo federal.
Após pressão de congressistas, e tendo em vista que precisa de apoio para aprovar as mudanças nas aposentadorias e pensões, o governo e a equipe econômica optaram por aumentar o prazo.
A portaria já foi assinada pelo ministro da economia Paulo Guedes. Falta o aval da Secretaria de Governo.
“O sujeito chegou até 30 de dezembro de 2018 e tinha 90% da obra executada. Mesmo havendo dinheiro para terminar, ele não ia conseguir”, diz Miguel Ragone de Mattos, secretário-executivo-adjunto do Ministério da Economia.
“Então está sendo estabelecido um novo prazo, para um conjunto menor, que foram essas que sobraram”, afirma.
Segundo Mattos, 60% da obra terá de estar avançada. Empreendimentos com percentual de execução entre 20% e 60% serão analisados pelos ministérios setoriais para verificar a viabilidade.
“Se nos últimos anos e mesmo com o estímulo anterior à portaria 348 de 2016 a obra não conseguiu passar nem de 20%, não há nada que indique agora que vá conseguir fazer os outros 80% ou 85% durante um ano.”
Em meio a sinais de que o governo terá de fazer novos bloqueios por causa da fraca atividade econômica e da frustração de receitas, Mattos diz que não haverá aumento de gastos. “É dinheiro já disponível, não tem dinheiro novo.”
27 de agosto 2020
02 de julho 2020
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade