Mercado
O Estado de São Paulo
17/11/2016 07h43 | Atualizada em 17/11/2016 12h13
O presidente Michel Temer deu sinal verde para que o governo negocie um acordo com o Congresso, agências reguladoras e o Tribunal de Contas da União (TCU) para destravar investimentos em novos projetos de infraestrutura.
Uma das propostas em discussão prevê a criação de um comitê com representantes do Executivo e do Legislativo com poderes para resolver todo tipo de problema que costuma aparecer no processo de concessão de serviços públicos a empresas privadas.
Devem fazer parte do grupo a Casa Civil, a Secretaria do PPI (Programa de Parceria em Investimentos), os ministros dos Transportes e de Minas e Energia, e os presidentes das agências reguladoras
...O presidente Michel Temer deu sinal verde para que o governo negocie um acordo com o Congresso, agências reguladoras e o Tribunal de Contas da União (TCU) para destravar investimentos em novos projetos de infraestrutura.
Uma das propostas em discussão prevê a criação de um comitê com representantes do Executivo e do Legislativo com poderes para resolver todo tipo de problema que costuma aparecer no processo de concessão de serviços públicos a empresas privadas.
Devem fazer parte do grupo a Casa Civil, a Secretaria do PPI (Programa de Parceria em Investimentos), os ministros dos Transportes e de Minas e Energia, e os presidentes das agências reguladoras responsáveis pelos setores de aviação civil, energia elétrica, portos, rodovias e ferrovias.
Pelo Legislativo, participariam do acordo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PDMDB-AL), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).
A ideia foi apresentada pelo ministro do TCU Bruno Dantas durante almoço no sábado (12) oferecido por Renan ao presidente Temer, em que estiveram presentes o secretário do PPI, Moreira Franco, Rodrigo Maia e o atual presidente do TCU, Aroldo Cedraz.
No almoço, Temer, Moreira, Renan e Maia sinalizaram que estão de acordo com o plano. O pontapé inicial será dado nessa semana, com a primeira rodada de conversas entre os ministros do TCU.
O governo promete realizar uma nova rodada de concessões no próximo ano, com leilões de aeroportos, rodovias e ferrovias. Ao mesmo tempo, discute a edição de uma medida provisória com regras para renegociar os contratos de concessões que enfrentam dificuldades financeiras.
MOTIVOS
Hoje, a tomada de decisões do governo na área de infraestrutura envolve trocas formais de documentos entre a Casa Civil, ministérios, agências reguladoras e órgãos de fiscalização como o TCU. Esse processo consome meses e emperra os projetos.
Com a criação do comitê, a ideia é ter um ambiente de diálogo permanente entre os órgãos envolvidos, com poderes para tomar decisões rapidamente e resolver controvérsias em menos de um mês.
Se a licença ambiental aguardada por uma obra estiver demorando, o comitê poderá dar um empurrão. Se for necessário mudar alguma lei para viabilizar um empreendimento, o comitê poderá encaminhar o projeto com o compromisso do Congresso pela sua aprovação.
Propostas saídas do comitê receberiam tratamento prioritário nas duas casas do Congresso e também no Tribunal de Contas da União.
A intenção do governo é reproduzir com o acordo a experiência dos chamados "pactos republicanos" lançados nos últimos anos pelos três Poderes para tratar de assuntos do Poder Judiciário.
O primeiro, de 2004, encaminhou reformas no sistema. O último, de 2009, viabilizou medidas para tornar o acesso ao Judiciário mais rápido e eficiente, num momento em que o Supremo Tribunal Federal queria uniformizar decisões dos Juizados Especiais da área cível, que muitas vezes tomavam divergiam ao tratar de situações idênticas.
27 de agosto 2020
02 de julho 2020
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade