Mercado
Valor Econômico
10/11/2009 16h13 | Atualizada em 10/11/2009 22h41
Na expectativa de uma melhora na demanda por produtos siderúrgicos nos próximos anos, a Gerdau elevou de R$ 6,3 bilhões para R$ 9,5 bilhões a previsão de investimentos para o período de 2010 a 2014. Segundo a empresa, o Brasil receberá cerca de 80% do montante.
Dentro do plano está a retomada do investimento de R$ 1,75 bilhão para instalação de um laminador de chapas grossas na Açominas, em Ouro Branco (MG), como foi anunciado no mês passado pela siderúrgica. Além disso, a companhia prevê desembolsar, já no próximo ano, R$ 88 milhões na instalação de um laminador de vergalhão e aços especiais na usina que tem na Índia em joint venture com o Grupo Kalyani.
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Na expectativa de uma melhora na demanda por produtos siderúrgicos nos próximos anos, a Gerdau elevou de R$ 6,3 bilhões para R$ 9,5 bilhões a previsão de investimentos para o período de 2010 a 2014. Segundo a empresa, o Brasil receberá cerca de 80% do montante.
Dentro do plano está a retomada do investimento de R$ 1,75 bilhão para instalação de um laminador de chapas grossas na Açominas, em Ouro Branco (MG), como foi anunciado no mês passado pela siderúrgica. Além disso, a companhia prevê desembolsar, já no próximo ano, R$ 88 milhões na instalação de um laminador de vergalhão e aços especiais na usina que tem na Índia em joint venture com o Grupo Kalyani.
Outro projeto retomado é a expansão do laminador de perfis estruturais na Açominas, um investimento de R$ 100 milhões que elevará a capacidade instalada da unidade de 540 mil toneladas para 700 mil toneladas anuais em 2011.
Hoje, em teleconferência com jornalistas, o presidente da siderúrgica gaúcha, André Gerdau Johannpeter, disse que os planos estatais de incentivo à economia e a retomada do mercado financeiro devem garantir a continuidade de uma recuperação moderada no mercado siderúrgico no próximo ano. Para o quarto trimestre deste ano, a expectativa é de que o setor tenha um comportamento parecido com o visto nos três meses antecedentes.
Segundo o executivo, as perspectivas para o Brasil são otimistas, principalmente em relação à demanda da construção civil, na esteira dos programas habitacionais e de infraestrutura do governo federal. Já nos Estados Unidos, o executivo espera que os planos do governo de Barack Obama para tirar a economia do país do buraco deverão ser sentidos com maior intensidade a partir do segundo trimestre de 2010.
O grupo, que chegou a utilizar apenas metade de sua capacidade instalada no auge da crise, está operando hoje com mais de 70% da capacidade. Apesar da mudança no plano de investimento, a Gerdau não informou qual deve ser a expansão de sua capacidade até 2014, assim como não deu projeções sobre o aumento no quadro de funcionários. Johannpeter limitou-se a dizer que a siderúrgica voltou a contratar, após demissões realizadas por conta do arrefecimento da demanda.
Segundo Osvaldo Schirmer, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores do grupo, a Gerdau poderá recorrer ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar parte dos investimentos, mas nada foi decido ainda neste sentido.
Hoje, a Gerdau retomou as atividades da mina de Várzea do Lopes, em Minas Gerais e a meta é levar sua capacidade de produção anual de minério de ferro para 1,5 milhão de toneladas já no próximo ano. Com a produção das minas de Miguel Burnier, em Ouro Preto (MG), a empresa deverá alcançar um ritmo de produção anual de 2,7 milhões de toneladas de minério de ferro, suficientes para 50% das necessidades atuais do grupo no Brasil. O objetivo da empresa é produzir 80% do volume de minério consumido pelas suas usinas no País.
(Eduardo Laguna)
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