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Geração de energia via biomassa é o foco da Rhodia

DCI

29/01/2010 10h08


SÃO PAULO - A gigante francesa Rhodia fará, em 2010, aquisições no segmento de biomassa, e nega os rumores que surgiram no final do ano passado sobre a possível compra dos ativos da Equipav - que atua nas áreas de usinas e também em infraestrutura por meio do Consórcio de Infraestrutura Bertin-Equipav (Cibe).

De acordo com os rumores, a unidade de agroenergia da Rhodia tinha interesse em adquirir duas usinas do grupo Equipav, que estão sendo disputadas pela Vital Renewable Energy Company (VREC) e por empresas tradicionais do setor sucroalcooleiro, como a Bunge e a Cosan.

Em entrevista exclusiva ao DCI, o presidente da Rhodia para a América Latina, Marco De Marchi, afirmou que o foco da companhia este ano é a geração

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SÃO PAULO - A gigante francesa Rhodia fará, em 2010, aquisições no segmento de biomassa, e nega os rumores que surgiram no final do ano passado sobre a possível compra dos ativos da Equipav - que atua nas áreas de usinas e também em infraestrutura por meio do Consórcio de Infraestrutura Bertin-Equipav (Cibe).

De acordo com os rumores, a unidade de agroenergia da Rhodia tinha interesse em adquirir duas usinas do grupo Equipav, que estão sendo disputadas pela Vital Renewable Energy Company (VREC) e por empresas tradicionais do setor sucroalcooleiro, como a Bunge e a Cosan.

Em entrevista exclusiva ao DCI, o presidente da Rhodia para a América Latina, Marco De Marchi, afirmou que o foco da companhia este ano é a geração de energia por meio da biomassa e não em fazer aquisições de usinas como o mercado especulou anteriormente. "Não temos interesse comprar nenhuma usina. As aquisições podem existir, porém não serão neste setor e sim em outras áreas", afirmou. Porém quando questionado sobre quais seriam os setores seriam os alvos, o presidente preferiu não revelar por estratégia de mercado.

Para que as aquisições aconteçam a Rhodia reservou U$ 200 milhões que serão investidos até 2014, porém, segundo De Marchi, nada impede que este número possa ser alterado se o mercado oferecer boas oportunidades de negócio. "Este número ainda não foi desmembrado. Trata-se apenas de uma estimativa e não significa que não possa sofrer alterações", enfatizou o executivo.

A multinacional do setor químico é hoje a maior compradora de etanol para fins industriais do País e compra o biocombustível via contratos de longo prazo de grandes empresas do setor. A ideia da empresa agora é realizar aquisições para o suprimento de etanol para a geração de energia proveniente da biomassa e abastecer a empresa do produto para fins químicos. A empresa também cogitou a possibilidade de fazer parcerias na área de geração de energia por meio de biomassa.

Sustentabilidade
Desde 2007, a Rhodia possui uma unidade de abatimento de gás e efeito estufa, onde já foram investidos cerca de U$ 15 milhões na ampliação e produção de intermediários químicos (fenol, acetona e ciclohexanol).

Especificamente sobre o crédito de carbono, a empresa informou que não é possível mais se fazer investimentos, pois a Rhodia já alcançou sua totalidade no setor. "Nós já alcançamos uma redução de 90% do efeito estufa nos últimos 15 anos", explicou.

Os próximos passos da companhia estão diretamente ligados à inovação e ao desenvolvimento sustentável. "O País tem uma série de matérias-primas e recursos naturais ligados à sustentabilidade. Um exemplo, é o etanol e todas as possibilidades de sua exploração química e energética", afirmou o presidente da Rhodia América Latina.

Nova Braskem

Quando questionado pelo DCI sobre a fusão entre a Braskem e Quattor e o impacto que isso será no mercado petroquímico, o presidente afirmou que este alinhamento não trará reflexos para a Rhodia. "O diretor da nova Braskem me ligou e se comprometeu a manter o contrato que tinhamos fechado por 10 anos independente desta movimentação no mercado", explicou. A Quattor fornece para a Rhodia o cumeno, matéria-prima para o fenol, principal produto químico que a Rhodia fabrica no Brasil.

Mercado
Atualmente, a principal preocupação da empresa é a valorização do dólar. "A questão primordial agora é se o Brasil pode ser uma plataforma para exportação. Hoje, exportamos 30% para Ásia, Europa e Estados Unidos. Já o mercado interno ocupa 60% da nossa produção e os demais países ficam com 10%", explicou.

Porém, com a crise ainda presente na Europa e nos Estados Unidos, o presidente da América Latina admitiu que este fato fez com que a indústria Rhodia voltasse seu olhar ainda mais para a América Latina. "Antigamente a Rhodia era 100% brasileira, porém com a mudança de cenário a companhia mudou sua visão e tornou-se 100% latino-americana", disse.

Hoje, com uma das maiores fatias do mercado mundial, a companhia tem o seu maior faturamento no Brasil. O País representou 17% do total faturando pela empresa em 2008, anotando US$ 1,23 bilhão. Já na França o faturamento da companhia representou 7% do total. A companhia preferiu não divulgar dados de 2009.

Os novos produtos desenvolvidos recentemente no Brasil foram o Emana (fio têxtil com propriedades terapêuticas), produtos como solventes derivados de fonte renovável (Augeo), novas aplicações de microfibras, fibras, plásticos de engenharia (Technyl@) e sílica - Zeozil 185 GR . Há também novos produtos para home e personal care.

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