O volume de recursos representa 91% do orçamento total previsto pela subsidiária, responsável por Itaipu, para o ano. Apesar de não aplicar todo o valor, este nível representa um recorde de aportes nos últimos em 12 anos.

O dado foi divulgado pela companhia durante um evento interno de comemoração aos 56 anos de existência da empresa pelo presidente Flávio Decat, que também mencionou a reestruturação prevista na companhia, que inclui o corte de custos, conforme já anunciado.

Segundo o executivo, o objetivo da empresa é que a reestruturação resulte em uma empresa mais ágil, enxuta e em condições de competir em um modelo de negócios que prioriza a modicidade tarifária. Apesar desses limitadores, Decat garantiu que a companhia continuará a fazer os investimentos necessários.

Do orçamento realizado em 2012, R$ 665 milhões foram investidos em reforço, manutenção e implantação de novos empreendimentos de transmissão. Outros R$ 265 milhões foram para as áreas de meio ambiente e infraestrutura. Já o parque gerador foi o maior destino dos recursos, recebeu R$ 1,7 bilhão.

Grupo Eletrobras

O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, que também estava presente no evento, falou sobre as reformulações que serão realizadas em Furnas. "Os investimentos que já foram remunerados para a empresa agora estão sendo remunerados em favor do consumidor e do desenvolvimento do Brasil. Naturalmente que isso reduz a nossa receita, mas as providências estão sendo tomadas para reduzirmos os impactos sem qualquer ônus aos funcionários", disse o executivo.

A holding federal do setor elétrico está formulando o plano de reestruturação para o grupo considerando os impactos da renovação antecipada e onerosa de concessões do setor elétrico que venceriam de 2015 a 2017 e cuja indenização do governo federal ficou em cerca de R$ 20 bilhões.

Segundo Carvalho Neto, a intenção da Eletrobras é realizar investimentos na casa de R$ 13 bilhões este ano. O executivo já havia estimado esse volume de recursos para 2013 e para os anos seguintes ainda no início de 2012, antes da decisão do governo que reduziu a receita da empresa. Por isso, a reestruturação dos custos é fundamental para os aportes previstos.