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O Estado de São Paulo
29/06/2017 09h01 | Atualizada em 29/06/2017 17h01
Em busca de alternativas para financiar projetos em infraestrutura após o encolhimento da atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),o governo começou dia 26 de junho, a receber inscrições de projetos de candidatos a financiamento ou até sociedade pelo Fundo Brasil-China de Cooperação para Expansão da Capacidade Produtiva. A abertura ocorreu no meio da tarde, para dar condições isonômicas a empresários nacionais e chineses.
O fundo, lançado em 2015 com valor de US$ 50 bilhões, ficou em US$ 20 bilhões, sendo US$ 5 bilhões do lado brasileiro e US$ 15 bilhões do chinês. Trata-se de uma experiência inédita para os países. Diferentemente dos outros 15 oferecidos pela China, esse fundo tem gestão paritária,
...Em busca de alternativas para financiar projetos em infraestrutura após o encolhimento da atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),o governo começou dia 26 de junho, a receber inscrições de projetos de candidatos a financiamento ou até sociedade pelo Fundo Brasil-China de Cooperação para Expansão da Capacidade Produtiva. A abertura ocorreu no meio da tarde, para dar condições isonômicas a empresários nacionais e chineses.
O fundo, lançado em 2015 com valor de US$ 50 bilhões, ficou em US$ 20 bilhões, sendo US$ 5 bilhões do lado brasileiro e US$ 15 bilhões do chinês. Trata-se de uma experiência inédita para os países. Diferentemente dos outros 15 oferecidos pela China, esse fundo tem gestão paritária, com três votos de cada lado. Além disso, os chineses abriram mão de exigir que os projetos financiados contratem construção ou comprem equipamentos chineses.
“O ganho é a ponte que vamos fazer com a China”, destacou o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache, que ressaltou a demonstração de confiança dos asiáticos. “Eles não têm isso com nenhum outro país. Acham que aqui tem boas oportunidades, mas também que o Brasil era o melhor candidato para criar junto algo novo.”
A China vai usar essa experiência para replicar em outros países da América Latina, segundo o embaixador do país no Brasil, Li Jinzhang. “E suspeito que o fundo vai inspirar o relacionamento de outros países com o Brasil”, disse Arbache. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse ao Estadão/Broadcast na última sexta-feira que Itália e França já demonstraram interesse em fazer algo semelhante.
Não se trata da alocação de recursos públicos e sim de uma fórmula pela qual os governos dos dois países darão uma espécie de selo de qualidade para que bancos dos dois lados entrem com financiamento ou participação. Do lado do Brasil, a preferência será dada para a Caixa e o BNDES. Do lado chinês, será o Claifund, fundo de investimentos para a América Latina.
As taxas de juros serão determinadas a cada projeto. O financiamento poderá chegar a 100%. Os recursos emprestados pelos bancos brasileiros serão em reais e os chineses, em dólares. Os principais candidatos são projetos em infraestrutura.
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