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Frente Parlamentar propõe ao MME acordo nuclear com a França

Documento sugere parceria para construção de pequenos reatores modulares e substituição de importações para combustíveis nucleares

Assessoria de Imprensa

05/07/2023 10h41 | Atualizada em 05/07/2023 14h00


Em nome da Frente Parlamentar da Tecnologia e Atividades Nucleares (FPM), o deputado Julio Lopes entregou ao Ministério de Minas e Energia (MME) uma carta com propostas para o desenvolvimento do setor nuclear brasileiro.

O documento sugere a formação de uma parceria com a França visando o desenvolvimento de Small Modular Reactors (SMRs) no Brasil, além de um programa de substituição de importações para combustíveis nucleares.

Segundo o presidente da Abdan (Associação Brasileira para Desenvolvimento Atividades Nucleares), Celso Cunha, a proposta visa impulsionar o setor nuclear brasileiro, promover o desenvolvimento científico e

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Em nome da Frente Parlamentar da Tecnologia e Atividades Nucleares (FPM), o deputado Julio Lopes entregou ao Ministério de Minas e Energia (MME) uma carta com propostas para o desenvolvimento do setor nuclear brasileiro.

O documento sugere a formação de uma parceria com a França visando o desenvolvimento de Small Modular Reactors (SMRs) no Brasil, além de um programa de substituição de importações para combustíveis nucleares.

Segundo o presidente da Abdan (Associação Brasileira para Desenvolvimento Atividades Nucleares), Celso Cunha, a proposta visa impulsionar o setor nuclear brasileiro, promover o desenvolvimento científico e tecnológico e posicionar o país como um protagonista na indústria nuclear mundial, além de buscar oportunidades para o fornecimento de urânio a países que dependem de importações.

“Essa parceria e o programa de substituição de importações podem impulsionar o desenvolvimento do setor nuclear brasileiro e posicionar o país como um importante player internacional”, pontua Cunha.

“A energia nuclear é uma solução sustentável para evitar catástrofes ambientais, sendo limpa e não causando aquecimento, ao contrário dos combustíveis fósseis”, acrescenta.

Na carta, o deputado destaca o objetivo do governo federal em retomar o protagonismo brasileiro na agenda internacional, ressaltando a oportunidade de uma parceria com a França para o desenvolvimento conjunto dos pequenos reatores modulares.

Ele observa que a França ainda não completou o desenvolvimento dessa tecnologia, o que torna a proposta estratégica, pois o Brasil teria a oportunidade de participar do próprio desenvolvimento científico do modelo.

O acordo proposto seria estabelecido com a Nuward, subsidiária da EDF, podendo resultar na construção de três pequenos reatores modulares no Brasil.

Além disso, há a possibilidade de estender a parceria ao Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que está sob a responsabilidade do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), permitindo ao Brasil avançar nas áreas de Medicina Nuclear e Marinha.

O deputado ressalta que o Brasil possui reservas conhecidas de urânio e domina as etapas de produção de combustíveis nucleares, desde a produção de concentrados até o enriquecimento isotópico.

Diante do cenário de desarranjo no mercado internacional causado pela guerra na Ucrânia, o Brasil pode se posicionar como fornecedor de urânio para outros países, como os Estados Unidos, que atualmente dependem do fornecimento russo.

Lopes destaca que o Departamento de Energia dos EUA está buscando informações sobre a aquisição de urânio de baixo enriquecimento de alto ensaio (HALEU), material crucial para desenvolver e implantar reatores avançados no país.

O deputado ressalta que o Brasil possui a tecnologia para atender a essa demanda e sugere que o país se candidate como fornecedor.

O Programa de Disponibilidade HALEU, autorizado pela Lei de Energia de 2020 nos EUA, busca garantir que o combustível HALEU esteja disponível para pesquisa, desenvolvimento, demonstração e uso comercial doméstico civil.

O programa também aborda questões de justiça ambiental e recebeu um financiamento de US$ 700 milhões por meio da Lei de Redução da Inflação de 2022.

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