Valor Econômico
07/12/2022 15h20
A francesa Vinci já virou nome conhecido no mercado brasileiro por participar de uma série de disputas de concessões, em leilões ou transações diretas.
Mas até agora a gigante europeia só tinha colocado o pé efetivamente no mercado aeroportuário, onde opera oito aeroportos – o mais relevante deles, em termos de tráfego, é o de Salvador. Numa transação assinada ontem com o fundo de private equity Pátria, a Vinci comprou o controle da Entrevias, entrando no segmento de concessões rodoviárias no país.
O Pátria vendeu 55% da Entrevias à Vinci e continua dono dos outros 45%. A companhia foi criada pelo fundo em 2017, depois de vencer a concessão, que tem prazo de 30 anos, teve outorga fixa de R$ 1,4 bilhão e outorga variável de 3% das receitas brutas mensais da concessionária. A Entrevias opera atualmente 570 km de rodovias que atravessam o estado de São Paulo, desde Florínea a Igarapava.
É um negócio ainda pequeno diante do porte e das ambições da Vinci e também das dimensões do mercado local, mas um primeiro passo para uma
...A francesa Vinci já virou nome conhecido no mercado brasileiro por participar de uma série de disputas de concessões, em leilões ou transações diretas.
Mas até agora a gigante europeia só tinha colocado o pé efetivamente no mercado aeroportuário, onde opera oito aeroportos – o mais relevante deles, em termos de tráfego, é o de Salvador. Numa transação assinada ontem com o fundo de private equity Pátria, a Vinci comprou o controle da Entrevias, entrando no segmento de concessões rodoviárias no país.
O Pátria vendeu 55% da Entrevias à Vinci e continua dono dos outros 45%. A companhia foi criada pelo fundo em 2017, depois de vencer a concessão, que tem prazo de 30 anos, teve outorga fixa de R$ 1,4 bilhão e outorga variável de 3% das receitas brutas mensais da concessionária. A Entrevias opera atualmente 570 km de rodovias que atravessam o estado de São Paulo, desde Florínea a Igarapava.
É um negócio ainda pequeno diante do porte e das ambições da Vinci e também das dimensões do mercado local, mas um primeiro passo para uma operação que o grupo já tem no exterior, em países como Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Rússia.
A brasileira CCR, por exemplo, opera mais de 3,6 mil km de rodovias na malha nacional.
Em nove meses, a receita da Entrevias foi de R$ 634 milhões, alta de 0,7% na comparação com mesmo período do ano passado, puxada pela alta de 26% no terceiro trimestre, quando houve maior retomada de tráfego e o reajuste tarifário de 11,73%, contabilizado a partir de julho. Com capex ainda elevado e impacto do fluxo menor no início do ano, a companhia teve prejuízo de R$ 44 milhões, um terço das perdas do ano passado.
A Vinci tem operações em 120 países, com mais de 260 mil funcionários, em concessões de estradas, aeroportos, ferrovias e estádios. No Brasil, além da capital baiana, opera sete aeroportos na região Norte: Cruzeiro do Sul, Boa Vista, Tabatinga, Porto Velho, Tefé, Rio Branco e Manaus.
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