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Fiesp: empresas buscam crédito para aproveitar onda de crescimento

Estudo da entidade aponta que a maior parte dos recursos emprestados foi para capital de giro

Exame

27/05/2010 14h00 | Atualizada em 27/05/2010 18h10


São Paulo - Uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que 68% das empresas procuraram crédito neste início de ano. Desse total, apenas 13% não conseguiram ter acesso aos recursos por causa de restrições bancárias.

"O quadro é consonante com a expansão econômica do Brasil", diz Paulo Francini, diretor do Departamento de Economia da Fiesp. Muitas empresas precisam de capital de giro para crescer, pois pagam os fornecedores antes de receber dos clientes. Além disso, parte dos recursos foi destinada para investimentos e financiamento de exportações.

A pesquisa, publicada com exclusividade pelo site EXAME.com

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São Paulo - Uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que 68% das empresas procuraram crédito neste início de ano. Desse total, apenas 13% não conseguiram ter acesso aos recursos por causa de restrições bancárias.

"O quadro é consonante com a expansão econômica do Brasil", diz Paulo Francini, diretor do Departamento de Economia da Fiesp. Muitas empresas precisam de capital de giro para crescer, pois pagam os fornecedores antes de receber dos clientes. Além disso, parte dos recursos foi destinada para investimentos e financiamento de exportações.

A pesquisa, publicada com exclusividade pelo site EXAME.com, aponta que 52% das empresas consideram que o acesso aos financiamentos está igual em relação ao segundo semestre do ano passado. Do restante, 27% dizem que está mais fácil e 22%, mais difícil.

Total

Pequena

Média

Grande

Linha Interna

Capital de giro

49%

58%

43%

30%

Investimento

28%

26%

30%

30%

Financ. das exportações

6%

3%

9%

12%

Linha Externa

Capital de giro

6%

7%

6%

4%

Investimento

7%

5%

9%

9%

Financ. das exportações

4%

2%

3%

14%

Quanto ao custo do crédito, 45% afirmam que o quadro não mudou, e as demais se dividem entre as que acham que melhorou e as que acham que piorou (ver quadro abaixo). "Na média, observamos que o cenário pouco mudou em relação ao segundo semestre de 2009", diz Francini, salientando que a pesquisa foi feita antes da alta da Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Custo do crédito

Total

Pequena

Média

Grande

Muito mais caro

4%

6%

2%

0%

Mais caro

23%

29%

13%

14%

Muito mais barato

0%

0%

0%

0%

Mais barato

27%

21%

30%

59%

Igual

45%

45%

56%

28%

O aperto monetário não significa necessariamente que os financiamentos ficarão mais caros. "O que é uma alta de 0,75 ponto para quem já paga 40% ao ano", questiona Francini. Não é à toa, segundo ele, que um terço das companhias não buscou crédito. "Os empresários, sempre que podem, evitam porque é muito caro."

O problema principal, segundo ele, é o spread bancário muito elevado no Brasil. "Quem pode mais, chora menos", diz o diretor da Fiesp, se referindo às grandes empresas que normalmente conseguem captar recursos mais baratos. É a mesma lógica das pessoas físicas, ou seja, quem mais precisa normalmente tem mais dificuldade de acesso e aceita juros maiores.

Paulo Francini não acredita que a crise europeia possa se agravar de tal forma que cause estragos como em setembro de 2008. "Mas pode ser que a alta dos juros não seja tão intensa como projetam os analistas", avalia.

O prazo médio das operações realizadas neste início de ano foi de 11,4 meses e a taxa média paga pelo crédito operacional corrente atingiu 1,8% ao mês. As duplicatas lideraram as garantias solicitadas das empresas que buscaram crédito (ver quadro abaixo).

Total

Pequena

Média

Grande

Duplicatas

42%

46%

39%

31%

Aval

40%

41%

41%

36%

Hipoteca

3%

2%

7%

3%

Estoques

3%

0%

4%

10%

Imóveis

6%

7%

6%

3%

Outros

6%

4%

3%

18%

 

A pesquisa da Fiesp, feita com 394 empresas (66% micro e pequenas; 23% médias; e 11% grandes) entre os dias 12 de março e 1º de abril, constatou ainda que o valor médio do crédito solicitado é de 37% do faturamento da empresa.

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