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FGV prevê queda da produção de pré-fabricados de concreto em 2016, com perspectiva de retomada em 2017

Sondagem foi encomendada pela ABCIC e revela que a área industrial foi o principal segmento das vendas de pré-fabricado, com participação de 19,9%. O estudo faz parte do Anuário 2016 lançado pela entidade

Assessoria de Imprensa

08/12/2016 00h03 | Atualizada em 08/12/2016 11h49


Pesquisa feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV), por encomenda da Abcic – Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto, constatou que as empresas de estruturas pré-moldadas de concreto devem repetir em 2016, pelo terceiro ano consecutivo, um declínio da produção em razão do contexto negativo que afeta toda indústria da construção. A Sondagem de Pré-Fabricados de Concreto de 2016 detectou declínio de 12,7% na produção em 2015 na comparação com 2014, alcançando 904.570 m3, resultando numa produção média de 22.063 m3 por empresa. Mostra ainda que o sentimento dos empresários do segmento se assemelha ao do setor da construção de forma geral, que aponta para nova queda em 2016, mas com projeção de aumento da atividade em

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Pesquisa feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV), por encomenda da Abcic – Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto, constatou que as empresas de estruturas pré-moldadas de concreto devem repetir em 2016, pelo terceiro ano consecutivo, um declínio da produção em razão do contexto negativo que afeta toda indústria da construção. A Sondagem de Pré-Fabricados de Concreto de 2016 detectou declínio de 12,7% na produção em 2015 na comparação com 2014, alcançando 904.570 m3, resultando numa produção média de 22.063 m3 por empresa. Mostra ainda que o sentimento dos empresários do segmento se assemelha ao do setor da construção de forma geral, que aponta para nova queda em 2016, mas com projeção de aumento da atividade em 2017. Os dados fazem parte do Anuário 2016 da ABCIC e foram divulgados nesta quinta (01/12), durante a entrega do Prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concreto 2016.

Os resultados da pesquisa refletem, de maneira geral, o cenário político e econômico extremamente difícil dos últimos dois anos – as incertezas políticas, a crise fiscal do Estado e a forte recessão, comprometendo a atividade das associadas da ABCIC em 2015 e também neste ano. As empresas reportaram ainda um aumento das dificuldades para a realização de investimentos em 2015 e 2016: para a maioria dos pesquisados, a política econômica e a carência de demanda foram destaques com maiores entraves. O estudo apontou ainda que questões de ordem financeira também passaram a ter mais importância para o empresário do segmento.

A sucessão de resultados negativos tem contribuído para um encolhimento da capacidade de produção das empresas de pré-fabricados de concreto, que passou de 1,678 milhão de m3 em 2013, para 1.635 milhões de m3 em 2014 e, finalmente, para 1,625 milhões de m3, em 2015. No que diz respeito ao porte das indústrias, por empregados, não houve mudança significativa no perfil das empresas, prevalecendo as médias e pequenas: 31,1% das indústrias possuíam até 100 empregados; 60% registravam entre 101 e 500 trabalhadores; e 8,9% contavam com mais de 500 colaboradores.

A sondagem da FGV também levantou os segmentos da construção civil onde foram utilizadas as estruturas pré-fabricadas de concreto e houve alterações no ranking na comparação com 2015. A área industrial foi apontada como principal destino das vendas de pré-fabricados, que assumiu a liderança, com participação de 19,9%. Obra em shopping centers, que liderava em 2015, passou para a segunda colocação, com uma participação de 17,4% - tinha ficado com 30,1% no ano anterior.

Já o segmento de infraestrutura voltou a ganhar posições e passou a representar 14,8% da demanda das indústrias de pré-fabricados – em 2015, registrava um percentual de 8,4%. Na sequência, aparecem as áreas de varejo, com 12,2% de participação; Centros de Distribuição e Logística, com 11,8%; e edifícios comerciais, com 10,2% da demanda. Aparece ainda a área habitacional, com 4,7% de participação na demanda por pré-fabricados.

Em relação ao uso de insumos, o estudo encomendado pela ABCIC apurou que, em 2015, as empresas de pré-fabricados consumiram 347,3 mil toneladas de cimento e 111,8 mil toneladas de aço. Na comparação com 2014, houve uma queda no consumo por empresa, tanto de cimento (-12,8%), quanto de aço (-20,7%). Em 2014, o consumo de aço havia aumentado associado ao crescimento da produção de concreto armado, que havia se elevado de 40,5% em 2013, para 44,9% no ano seguinte, retrocedeu para 42,6% em 2015. O percentual de empresas que produzem o concreto auto adensável manteve-se em 66,7%.

No tocante a investimentos, o levantamento mostrou que a proporção de empresas que se dizem com dificuldades para realizar investimentos aumentou de 66,7% para 80% do total. Em relação à ampliação da área de produção, por exemplo, o percentual de empresas que realizaram esse tipo de investimento em 2015 foi de 30% - em 2014 foi de 38,9% e, em 2013 estava em 78%. Entre os fatores apontados com maior frequência como limitadores do investimento estão as incertezas com relação à política econômica e a insuficiência de demanda. Na hora de decidir pela realização dos investimentos, as incertezas sobre demanda e a política econômica prevalecem: 23,3% preveem redução e apenas 9,3% expansão.

A pesquisa, que teve a coordenação da economista Ana Maria Castelo, foi elaborada, aplicada e analisada pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV entre julho e agosto de 2016, contando com sugestões e revisão crítica da equipe técnica da ABCIC. Foi o quarto ano consecutivo em que a FGV/IBRE realizou o estudo e a metodologia segue o padrão aplicado pela FGV em suas sondagens de tendência, de modo a que seus resultados possam ser comparados com outros segmentos da indústria de transformação.

Algumas questões podem ser comparadas ao longo do tempo, com base na própria pesquisa realizada em 2015 e divulgada no Anuário ABCIC 2015. A amostra dos fabricantes de pré-fabricados de concreto foi fornecida pela própria associação. Considerando o total de empresas associadas, 90% responderam a Sondagem, o que mostra a boa representatividade do segmento em relação aos resultados da pesquisa.

 

 

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