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O Estado de São Paulo
22/03/2018 10h46 | Atualizada em 22/03/2018 14h47
O presidente Michel Temer disse em discurso de abertura da 47ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que recebeu a informação do governo norte-americano de que a sobretaxa de 25% sobre produtos siderúrgicos não será aplicada enquanto as conversações não forem concluídas.
"Soube agora de uma declaração da Casa Branca de que o Brasil é um dos países que começarão as negociações, que visam a eventuais exceções das tarifas de importação do aço e alumínio", disse Temer. Segundo o presidente, a mensagem do governo de Donald Trump é que as taxas não serão aplicadas enquanto as conversações não forem concluídas. "Portanto, uma boa noticia"
...O presidente Michel Temer disse em discurso de abertura da 47ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que recebeu a informação do governo norte-americano de que a sobretaxa de 25% sobre produtos siderúrgicos não será aplicada enquanto as conversações não forem concluídas.
"Soube agora de uma declaração da Casa Branca de que o Brasil é um dos países que começarão as negociações, que visam a eventuais exceções das tarifas de importação do aço e alumínio", disse Temer. Segundo o presidente, a mensagem do governo de Donald Trump é que as taxas não serão aplicadas enquanto as conversações não forem concluídas. "Portanto, uma boa noticia", declarou o presidente.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também destacou a decisão no início de seu fala e afirmou que ficava feliz com a notícia. Segundo Meirelles, ontem ele teve um "diálogo serio, profundo, direto e cordial" com os secretários norte-americanos e expôs as razões que justificariam liberar o Brasil da taxação. "Uma sobretaxa no aço brasileiro vai em certas circunstâncias prejudicar o preço do aço americano, a indústria americana e o consumidor americano", disse Meirelles, explicando que a indústria dos EUA utiliza aço produzido no Brasil.
Meirelles disse que apontou com dados aos americanos que "não faz sentido" a taxação no caso brasileiro. "Não há nenhum indício de pratica anticompetitiva (por parte do Brasil)", afirmou.
EUA. Representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, afirmou nesta quarta-feira que o governo do presidente Donald Trump espera dialogar em breve com o Brasil sobre uma possível isenção nas tarifas à importação de aço e alumínio, que entram em vigor nesta semana.
Lighthizer citou o País enquanto atualizava os membros do Comitê de Meios e Medidas da Câmara dos Representantes sobre a situação do diálogo com várias nações sobre o tema. Ainda segundo ele, os países em negociação sobre as tarifas não terão de pagá-las, até o fim desse diálogo.
A autoridade americana confirmou que o Canadá e o México, parceiros dos EUA no Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), podem ser excluídos das tarifas, que entram em vigor nesta semana. Ele também disse que a Coreia do Sul está em situação similar aos dois países do Nafta, em relação ao tema. Os EUA também têm dialogado com Austrália, Argentina e União Europeia sobe possíveis isenções tarifárias, acrescentou Lighthizer.
China. O representante de Comércio dos EUA afirmou também que a Organização Mundial de Comércio (OMC) é um foro "completamente inadequado" para lidar com a China, uma economia dominada pelo Estado. Ele informou que uma decisão sobre o comércio com o país deve sair "no futuro muito próximo" e que as tarifas contra os chineses devem ser voltadas a pressionar Pequim e a limitar prejuízos para os próprios EUA. Autoridades americanas preparam tarifas contra a China pelo suposto roubo de propriedade intelectual. O esforço contra a China é fruto de uma investigação de meses do governo Trump sobre as práticas chinesas relativas à propriedade intelectual. Essa apuração concluiu que os dados às empresas americanas por causa da transferência forçada de tecnologia fica em US$ 30 bilhões ao ano. As penalidades potenciais são tarifas e restrições a investimentos, disse a autoridade.
Lighthizer comentou ainda que houve "um grande progresso" na renegociação do Nafta. Segundo ele, porém, ainda há um caminho pela frente para que os EUA possam estar satisfeitos com o acordo. Trump ameaçou várias vezes abandonar o tratado, caso não o julgue mais interessante para seu país.
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