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Valor Econômico

01/02/2010 11h00


A nova empresa que será criada a partir da fusão da ETH Bioenergia, do grupo Odebrecht, com a Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco) será presidida pelo atual presidente da ETH, José Carlos Grubisich, e deve nascer com ativos de R$ 3,5 bilhões. Esse valor deverá aumentar para algo entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões com a conclusão das usinas Água Emendada (GO) e Costa Rica (MS), da Brenco, prevista para ocorrer em 18 e 24 meses, respectivamente.

Para concluir esses projetos, os acionistas da Brenco, entre eles o BNDESPar (braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES), deverão injetar mais R$ 300 milhões na companhia.

Os recursos que deverão entrar no caixa da Brenco s

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A nova empresa que será criada a partir da fusão da ETH Bioenergia, do grupo Odebrecht, com a Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco) será presidida pelo atual presidente da ETH, José Carlos Grubisich, e deve nascer com ativos de R$ 3,5 bilhões. Esse valor deverá aumentar para algo entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões com a conclusão das usinas Água Emendada (GO) e Costa Rica (MS), da Brenco, prevista para ocorrer em 18 e 24 meses, respectivamente.

Para concluir esses projetos, os acionistas da Brenco, entre eles o BNDESPar (braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES), deverão injetar mais R$ 300 milhões na companhia.

Os recursos que deverão entrar no caixa da Brenco seriam suficientes para concluir os dois projetos em 2013, uma vez que a maior parte dos equipamentos industriais já estão quitados.

No acordo, que deve ser anunciado nesta semana, de acordo com fontes consultadas pelo Valor, a ETH deterá 65% de participação na nova empresa e a Brenco, o restante. Henri Philippe Reichstul, que foi presidente da Petrobras e que hoje preside a Brenco, deverá se desligar do negócio.

Procurado, Grubisich, atual presidente da ETH, reconheceu que as negociações com a Brenco avançaram muito nas últimas semanas. "As questões de natureza negocial foram alinhadas e definidas, mas o negócio ainda não está fechado", afirmou o executivo. Ele não confirmou o valor de avaliação da operação.

Como já foi anunciado em outubro de 2009, quando as duas empresas publicaram o memorando de entendimentos para avaliar a viabilidade da união de ativos, a nova empresa deverá contar com capacidade de produção de 2,5 mil gigawatts ao ano de energia elétrica e 3 bilhões de litros de etanol em 2013/14.

A capacidade de moagem somará cerca de 37 milhões de toneladas, dos quais 16 milhões das quatro usinas da Brenco, das quais duas já estão praticamente concluídas - Morro Vermelho (GO) e Alto Taquari (MT), cada uma com 3,8 milhões de toneladas de capacidade de moagem de cana. A ETH entrará com cinco usinas, que estão distribuídas nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Debilitada pela crise financeira, a Brenco vinha buscando parceiros para dar continuidade aos seus projetos, todos voltados para a produção de etanol. A companhia teve que contratar empréstimo-ponte para conseguir continuar obras. A companhia, criada em 2007 com a meta inicial de moagem de 15 milhões de toneladas de cana, deveria colocar em operação na safra 2009/10 as duas usinas, agora já concluídas Morro Vermelho e Alto Taquari (MT) e que vão inaugurar a moagem em 2010.

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