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Diário do Nordeste
11/12/2012 11h13
Depois de amargar um péssimo índice de aplicação da primeira fase do programa federal de habitação popular Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no Ceará, o governo do Estado assinou, na segunda-feira (10), o maior contrato para a construção de casas direcionadas à população de baixa renda de toda a região Nordeste.
Trata-se do condomínio Cidade Jardim, que tem investimento estimado em R$ 352 milhões e está enquadrado dentro dos parâmetros da segunda etapa do programa federal, o MCMV 2. O aporte do dinheiro foi dividido pela Caixa Econômica Federal e o executivo estadual, o qual será responsável por indicar os moradores das unidades.
Ao todo, serão construídas 5.536 unidades habitacionais (apartamentos) distribuídas em 23 condomí
...Depois de amargar um péssimo índice de aplicação da primeira fase do programa federal de habitação popular Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no Ceará, o governo do Estado assinou, na segunda-feira (10), o maior contrato para a construção de casas direcionadas à população de baixa renda de toda a região Nordeste.
Trata-se do condomínio Cidade Jardim, que tem investimento estimado em R$ 352 milhões e está enquadrado dentro dos parâmetros da segunda etapa do programa federal, o MCMV 2. O aporte do dinheiro foi dividido pela Caixa Econômica Federal e o executivo estadual, o qual será responsável por indicar os moradores das unidades.
Ao todo, serão construídas 5.536 unidades habitacionais (apartamentos) distribuídas em 23 condomínios, os quais, por sua vez, serão organizados em 23 quarteirões. O empreendimento é assinado pela Fujita Engenharia e está localizado em uma área de 77 hectares nas margens da Avenida Presidente Costa e Silva (a Perimetral), no Conjunto José Walter, em Fortaleza.
Foco popular
De olho nas faixas entre 0 e 3 salários mínimos, foco principal do MCMV 2, os mais de 5 mil apartamentos possuirão 43,15 metros quadrados e devem ter cinco cômodos.
Além da estrutura de moradia, o projeto ainda prevê, como espaços de convivência para os futuros habitantes, a construção de 13 quadras esportivas, 115 playgrounds, quatro campos de futebol, 42 salões de festas e três pistas de skate.
Infraestrutura
O diretor da construtora, Carlos Fujita, também informou que o governo do Estado do Ceará ainda se responsabilizou de viabilizar redes de abastecimento de água, luz, uma escola de ensino fundamental, três creches e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas.
Apesar de construídos pelo poder estadual, os equipamentos de ensino deverão ser administrados pela Prefeitura.
Tempo recorde
Carlos ainda informa do método de construção, batizado de tecnologia de parede de concreto, o qual permitirá construir toda a Cidade Jardim em até 24 meses. O projeto prevê, inclusive, um prédio com 16 unidades pronta a cada 14 dias.
"Foi um desafio audacioso que nos propomos e fizemos um planejamento detalhado com a Caixa, pois o esforço gerencial será definitivo para o cumprimento dos prazos", diz o diretor.
Para a assinatura do contrato, na próxima segunda-feira (10), inclusive, também devem comparecer - além do governador Cid Gomes e do diretor da Fujita Engenharia - o ministro das Cidades, Aguinal Ribeiro, o vice-presidente de Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, e o superintendente da Caixa no Estado, Odilon Pires Soares.
MCMV no Ceará
Desde a chegada do programa criado e estimulado pelo governo federal no Estado, poucos empreendimentos foram levados a diante e finalizados. Em Fortaleza, por exemplo, o déficit habitacional chega a marca de 160 moradias populares.
Contabilizando todos os esforços empenhados no Ceará ao longo dos últimos seis anos, as habitações populares conseguiram apenas uma marca de 22 mil unidades, as quais representam apenas 5% do todo planejado.
Custo de construir no CE se eleva
O custo médio da construção civil no Ceará encerrou novembro com a segunda maior alta acumulada em 2012 entre os estados Nordestinos ao chegar a 5,21% - acima do apontado para a região (3,91%) e abaixo do evidenciado no País (5,23%). O estudo promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa Econômica Federal ainda constatou que o custo para construir o metro quadrado no Estado novamente esteve entre os cinco maiores do Nordeste ao registrar, em novembro, R$ 788,65.
Outra variação para cima da construção civil cearense corresponde entre os meses de novembro deste e do ano passado, comparativo o qual chegou a ser de 0,25%. Desta vez, o quarto maior entre os nove estados nordestinos.
Tomando apenas o ranking que mediu os preços dos metros quadrados construídos, a Paraíba (R$ 833,36), o Maranhão (R$ 861) e Alagoas (R$ 809,35) puxaram o preço médio da região (R$ 797,69) para cima.
Medidas nacionais
O Índice Nacional da Construção Civil subiu 0,22% em novembro, recuando 0,12 ponto percentual em relação a outubro, informou o IBGE.
De janeiro a novembro, a taxa ficou abaixo de igual período em 2011, alta de 5,23% contra 5,52% há um ano.
Nos últimos 12 meses, a inflação do setor de construção ficou em 5,36%, também abaixo dos 5,51% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em média, o custo nacional da construção civil em novembro, por metro quadrado, passou para R$ 851,96, contra R$ 850,06 no mês anterior.
Altas
A região Sudeste foi a que apresentou maior variação mensal, de 0,35%, pressionada pelo reajuste salarial dos trabalhadores do Espírito Santo.
As demais regiões também registraram alta e fecharam a pesquisa com o crescimento de 0,19% na região Nordeste; 0,15% na região Norte; 0,08% na região Centro-Oeste, e 0,07% na região Sul.
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