De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, apenas em 2022, o Brasil registrou 612,9 mil notificações de acidentes de trabalho e 2,5 mil óbitos.

Já em 2023, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, o país registrou mais de 20 mil afastamentos previdenciários. São Paulo lidera o cenário com 204.157 acidentes, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Esses números alarmantes reforçam a importância de priorizar a segurança no ambiente de trabalho, especialmente na construção civil, onde os riscos são significativos.

O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, ambos celebrados em 28 de abril, servem como uma alerta em relação à necessidade de proteger os trabalhadores e prevenir tragédias.

Algo primordial e que deve ter sua importância reforçada é a utilização adequada de EPIs, essenciais para garantir a segurança dos trabalhadores. Capacetes, luvas, óculos de proteção e coletes refletores são apenas alguns exemplos desses equipamentos. No entanto, sua eficácia depende da conformidade e do uso correto por parte dos trabalhadores.

Para garantir a segurança na construção civil e mitigar os riscos mencionados, é vital adotar medidas concretas.

Abaixo, Aloisio Arbegaus, diretor comercial do Mobuss Construção, software de gestão que atende do canteiro ao pós-obra, incluindo a etapa de segurança, compartilha as principais ações de segurança que são indicadas para implementação nos canteiros de obras:

Educação e conscientização: “É essencial fornecer treinamento adequado aos trabalhadores para assegurar a segurança na construção civil. Isso inclui instruções sobre o uso correto de equipamentos e práticas de trabalho adequadas. Além disso, é preciso enfatizar a conformidade com as normas de segurança estabelecidas, garantindo que todos estejam cientes dos procedimentos para evitar acidentes”, destaca;

Implementação do método 5S: É uma abordagem que visa melhorar a eficiência e a segurança no local de trabalho através da organização e disciplina. “Ele envolve classificação, ordenação, limpeza, padronização e autodisciplina. A implementação do Método 5S promove um ambiente de trabalho mais organizado e limpo, reduzindo os riscos associados à desordem e falta de organização, trazendo resultados significativos para a segurança na construção civil”, explica;

Uso de EPIs: É fundamental garantir o uso adequado dos EPIs aos trabalhadores. Arbegaus destaca que supervisionar constantemente o uso correto desses equipamentos ajuda a prevenir lesões e acidentes;

Planejamento e organização: Um planejamento cuidadoso do layout do canteiro de obras e a organização eficiente das atividades contribuem para reduzir os perigos.”Isso inclui identificar áreas de trabalho, rotas de circulação, áreas de armazenamento e zonas de segurança, evitando conflitos e acidentes”, complementa;

Gestão do transporte vertical: Em obras com vários níveis, a gestão do transporte vertical, como elevadores e escadas, é importante para a segurança. “Através deles é possível evitar quedas.

A tecnologia também pode ser uma aliada poderosa na busca por ambientes de trabalho mais seguros. Arbegaus explica que a tecnologia está desempenhando um papel em constante ascensão quando falamos de segurança na construção civil.

“Softwares de gestão, como o Mobuss, permitem o acompanhamento em tempo real das condições de trabalho, o gerenciamento eficiente dos EPIs e o controle de treinamentos obrigatórios”.

Exemplo disso foi que em 2023, o software mapeou mais de 17 milhões de acessos aos canteiros de obras, isso significa que todas essas pessoas estão com seus EPIs e treinamentos sendo controlados, evitando o desempenho de alguma função sem a devida capacitação. Isso evidencia a eficácia das soluções tecnológicas na garantia da conformidade e na prevenção de acidentes.