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Empresas definem aportes para 2010

DCI

25/11/2009 11h12


SÃO PAULO - A multinacional de origem alemã Siemens planeja crescer no Brasil cerca de 4% em 2010 com foco principal no segmento de infraestrutura. "O grande 'gap' [do inglês lacuna ou déficit, em uma tradução livre] brasileiro hoje é a infraestrutura e é colaborando para diminuir esse 'gap' que a Siemens espera crescer ainda mais no próximo ano", afirmou em entrevista exclusiva ao DCI, o presidente da companhia no Brasil, Adílson Primo.

Dentro do segmento de infraestrutura, a aposta está no setor de energia. "É um dos setores que esperamos um crescimento maior, exatamente porque muitos leilões estão para acontecer em breve e isso demandará investimento em equipamentos. Estamos torcendo para que esses leilões, como o de ener

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SÃO PAULO - A multinacional de origem alemã Siemens planeja crescer no Brasil cerca de 4% em 2010 com foco principal no segmento de infraestrutura. "O grande 'gap' [do inglês lacuna ou déficit, em uma tradução livre] brasileiro hoje é a infraestrutura e é colaborando para diminuir esse 'gap' que a Siemens espera crescer ainda mais no próximo ano", afirmou em entrevista exclusiva ao DCI, o presidente da companhia no Brasil, Adílson Primo.

Dentro do segmento de infraestrutura, a aposta está no setor de energia. "É um dos setores que esperamos um crescimento maior, exatamente porque muitos leilões estão para acontecer em breve e isso demandará investimento em equipamentos. Estamos torcendo para que esses leilões, como o de energia eólica e o de Belo Monte, tenham grande atratividade e que nossos clientes estejam entre os vencedores", brinca Primo.

Mas além da energia, fornecer equipamentos para transportes, mobilidade, portos e aeroportos é o que a Siemens espera não só para 2010, mas também para os próximos anos. "O Brasil tem que reduzir esse 'gap' para que possa crescer de forma sustentável. Entendemos que o Brasil assumiu compromissos sérios com o PAC, a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas e esses compromissos têm que ser cumpridos e para isso é preciso investir em infraestrutura e isso tem que acontecer com sustentabilidade".

Outro importante investimento a ser feito pelo governo e citado pelo presidente da Siemens Brasil é o Trem de Alta Velocidade (TAV). "Ele é muito importante para o desenvolvimento do País. Ainda não sabemos exatamente como será o projeto porque ainda não há um edital, mas nós somos candidatos certos", diz Primo, que completa, "somos líderes mundiais em TAV. Aproximadamente 70% dos contratos fechados na China, Rússia e até mesmo na Europa, foram fechados com a Siemens", destaca.

Bens de capital
O tom do principal executivo da Siemens brasileira era de muito otimismo durante toda a entrevista. Isso porque, a empresa - que tem um portfólio bastante diversificado no País - enfrentou muito bem a crise econômica que influenciou fortemente o ano de 2009. "Tivemos comportamentos diferentes em cada um dos setores que atuamos, mas de uma maneira geral, não só a Siemens Brasil, mas o País como um todo está saindo da crise de forma positiva. O Brasil deve registrar crescimento de pelo menos 0,5% este ano", destaca. De todos os principais setores nos quais a empresa atua por aqui, o de bens de capital foi o que mais sofreu com a crise. "Este é o primeiro segmento a entrar na crise e o último a sair. Bens de capital estão relacionados a investimentos e, com a crise, as compras e aportes das companhias foram adiados. A crise lá fora também impactou na demanda interna. Nossos clientes postergaram pedidos já que sofreram com a redução de exportações", lembra.

Mas Primo garante que essa fase já foi superada e que, desde o início do mês de setembro, a companhia tem percebido os primeiros sinais de retomada dos investimentos e das encomendas. "É uma recuperação lenta, mas certa", diz.

ara garantir essa recuperação, a multinacional não descarta investimentos em 2010. "No decorrer do ano vamos avaliar a necessidade de novos investimentos, mas se a demanda for alta, há grandes chances de investirmos em uma nova linha produtiva".

Foi justamente no segmento mais afetado dentro da Siemens em 2009 que a companhia foi a mais lembrada por clientes e fornecedores em pesquisa realizada pelo jornal DCI. Tanto que a multinacional recebeu o Prêmio DCI 2009 de empresa Mais Admirada no segmento de Bens de Capital. "Ficamos lisonjeados com a premiação e acredito que posso atribuir essa lembrança de outros empresários ao fato da Siemens ter o cliente como o centro de todas as suas decisões. Queremos nos diferenciar por meio de uma maior agregação de valor para o cliente", explica.

A empresa foi eleita por votação direta, realizada com 4.448 empresários, executivos e economistas ouvidos por este jornal de janeiro a novembro deste ano.

Empresa verde
Primo afirma que a maior preocupação da companhia hoje é com a sustentabilidade, desenvolvendo produtos que colaborem cada vez mais com a preservação do meio ambiente. "Queremos ser conhecidos como a empresa verde em infraestrutura", afirma. Mas não é só no Brasil que a Siemens aposta em sustentabilidade. No ano fiscal de 2009, a Siemens gerou em todo o mundo receitas de 23 bilhões de euros (aproximadamente R$ 59,4 bilhões) com produtos e soluções de seu portfólio ambiental. Um crescimento de 20% em relação ao exercício de 2008, quando sua receita totalizou 19 bilhões de euros. Neste exercício, motores que economizam energia, sistemas de inversão solar e determinados componentes para tecnologia predial que poupam energia estiveram entre as soluções adicionadas ao portfólio.


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