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08/12/2009 16h49 | Atualizada em 08/12/2009 18h51
Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, ficou um pouco mais milionário na semana passada. Depois de um ano de negociações, ele vendeu 21% do capital da MMX Mineração e Metálicos para a chinesa Wuhan Iron and Steel Group, conhecida como Wisco. O valor da fatura chegou a US$ 400 milhões, mas o empresário poderá embolsar outros US$ 250 milhões que deverão vir dos aportes feitos por acionistas minoritários. O acordo prevê a construção, pelos chineses, de uma usina siderúrgica no Porto de Açu, no Rio de Janeiro, e um contrato de venda de minério de ferro por 20 anos.
"Criamos uma autopista com a China", disse Eike em teleconferência. Segundo ele, os recursos obtidos com o investimento da Wisco também serão direcionados ao desenvolvime
Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, ficou um pouco mais milionário na semana passada. Depois de um ano de negociações, ele vendeu 21% do capital da MMX Mineração e Metálicos para a chinesa Wuhan Iron and Steel Group, conhecida como Wisco. O valor da fatura chegou a US$ 400 milhões, mas o empresário poderá embolsar outros US$ 250 milhões que deverão vir dos aportes feitos por acionistas minoritários. O acordo prevê a construção, pelos chineses, de uma usina siderúrgica no Porto de Açu, no Rio de Janeiro, e um contrato de venda de minério de ferro por 20 anos.
"Criamos uma autopista com a China", disse Eike em teleconferência. Segundo ele, os recursos obtidos com o investimento da Wisco também serão direcionados ao desenvolvimento do sistema MMX Sudeste, empresa que controla as minas de Serra Azul e Bom Sucesso, em Minas Gerais. Em Serra Azul, a ideia é quadruplicar, até 2013, a produção de minério de ferro, hoje na casa dos 8,7 milhões de toneladas anuais.
Numa análise fria, pode-se dizer que a Wisco fez, de fato, um negócio da China. O montante que ela pagou por ação corresponde quase à metade do preço dos papéis da MMX cotados em Bolsa. "O valor foi definido numa rodada de negociações realizada em junho, quando a crise financeira ainda assustava", diz Marcos Assunção, analista do setor de siderurgia e mineração da Itaú Corretora. "Por isso está bem abaixo do real valor de mercado das ações." Os analistas concordam que Eike vai precisar recorrer a novos financiamentos para dar continuidade aos projetos previstos para a MMX.
"A conta não fecha", diz Assunção. "A companhia vai precisar de um total de US$ 1 bilhão para realizar os investimentos previstos e o dinheiro dos chineses não cobre tudo isso." Pior ainda: de janeiro a setembro, segundo números do balanço da MMX, sua dívida líquida somou R$ 1,4 bilhão. Eike precisa ficar de olhos bem abertos.
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